Americanos sonham com um mês de férias e reclamam que só têm 5 dias

Políticas de férias restritivas e entrevistadores malcheirosos lideram lista do que mais tem incomodado aos que procuram emprego

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Por Orianna Rosa Royle (Fortune)

As políticas de férias anuais variam ao redor do mundo. “Mas onde quer que você esteja, empregadores que são mesquinhos com os dias de folga podem correr o risco de afastar talentos”, alerta um novo relatório que revela o que mais tem incomodado em processos seletivos.

Recentemente, ouvimos de um CEO que afirmou que candidatos excessivamente entusiasmados são um grande sinal de alerta. Agora, os candidatos estão respondendo e compartilhando o que os faz desistir de uma vaga logo de cara.

Outras "irritações" entre os candidatos a emprego incluem a ausência de informações sobre salário, palavras de ordem relacionadas à "cultura do hustle" e até mesmo um entrevistador com mau cheiro Foto: Facundo Diaz Montes/Getty Images

“Empregadores mesquinhos podem afastar talentos”

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A plataforma de consultoria de currículos StandOut CV entrevistou mais de 1.000 americanos para descobrir as maiores “irritações” em anúncios de emprego. E, segundo o estudo, empregadores que destacam o mínimo de dias de férias como um “benefício” em suas postagens estão afastando potenciais talentos. Mais de 65% dos trabalhadores disseram que isso é um grande sinal de alerta.

A quantidade de dias de férias a que os empregados têm direito varia de país para país. Nos Estados Unidos, cabe ao empregador decidir quantos dias de folga os funcionários terão—em média, os trabalhadores recebem de 5 a 9 dias após um ano de serviço. No Brasil, o trabalhador formal que completa um ano na empresa tem direito a 30 dias.

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“Mas onde quer que você esteja, empregadores que são mesquinhos com os dias de férias podem correr o risco de afastar talentos”, reforça o relatório.

Talvez surpreendentemente, saber que terão direito ao menor número de dias de férias possíveis é mais desmotivador para os candidatos do que não saber quanto vão ganhar para pagar por essas férias.

Os 5 maiores sinais de alerta em anúncios de emprego:

1. Oferecer o mínimo de dias de férias anuais.

2. Exigir ou encorajar fortemente os candidatos a curtirem o conteúdo das redes sociais dos funcionários.

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3. Não incluir informações sobre salário.

4. Página “Sobre nós” ou diretoria da empresa sem diversidade.

5. Anúncios ou entrevistadores que dizem “somos como uma família”.

Não são apenas os anúncios de emprego que estão afastando candidatos. Até mesmo a página “Sobre nós” está sob escrutínio, com uma óbvia falta de diversidade desestimulando possíveis interessados.

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Gerentes de contratação também devem ter cuidado ao usar jargões em seus sites, redes sociais ou anúncios de emprego. Além do fato de que muitos funcionários das gerações Z e millennials não entendem expressões tradicionais de negócios, essas palavras podem ser decisivas para os candidatos.

De acordo com a StandOut CV, anúncios que pedem “mentalidade de vencedor” ou que mencionam frases como “trabalhe duro, divirta-se muito” correm o risco de perder um terço dos candidatos. Da mesma forma, evite a todo custo referir-se aos funcionários como “família”—a menos que você realmente administre um negócio familiar, é claro.

“Tomem banho”

Depois, há a entrevista em si. Segundo os candidatos, um entrevistador com mau cheiro (76,8%), uma entrevista em grupo (70,2%) ou ser chamado pelo nome errado (68,1%) são os maiores sinais de alerta.

O estudo também destaca que gerentes de contratação que fazem piadas com os entrevistados ou, pior ainda, dão apelidos sem pedir permissão, correm o risco de afastá-los da vaga. Por outro lado, oferecer algo para beber a candidatos presenciais que enfrentaram uma longa viagem até o escritório é algo que não passa despercebido.

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Para entrevistas virtuais, os gerentes de contratação devem evitar falar com alguém fora da câmera ou conduzir a conversa com a câmera desligada, se quiserem atrair talentos.

Além disso, se, após três rodadas de entrevistas, se você ainda não decidiu se o candidato é adequado para o cargo, ele tomará a decisão por você. Mais da metade dos candidatos afirmaram que, a partir desse ponto, retiram sua candidatura por frustração.

Isso pode até explicar por que um número crescente de jovens da geração Z desempregados simplesmente ignoram os gerentes de contratação após passarem por inúmeras rodadas de entrevistas.

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