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Telesp vai perder liquidez

Após a troca por papéis da Telefônica, ações da Telesp vão ficar com baixa liquidez no mercado. Investidor deve evitar ficar com títulos de difícil negociação.

Por Agencia Estado
Atualização:

O acionista que ficar com a Telesp até a troca pelos recibos deve efetivamente trocar seu papel, avalia Roseli Machado, diretora da Fator Administração de Recursos. Isso porque, quando houver a troca, a expectativa é que a grande maioria dos papéis da Telesp virem recibos. Neste caso, quem ficar com papéis da própria Telesp vai ter um ativo financeiro com baixa liquidez (dificuldade para negociar este papel no mercado). E toda vez que um ativo tem difícil negociação, seu preço de mercado acaba se desvalorizando. A expectativa, portanto, é de perdas para quem não fizer a troca. Já os recibos de Telefónica, mesmo que não sejam muito líquidos no mercado brasileiro, sempre terão negócios em preço próximo ao do mercado internacional. Isso porque, se o preço aqui ficar muito barato, dada a equivalência de papéis, haverá a chamada arbitragem. Ou seja: investidores mais bem informados vão comprar recibos no Brasil para vender as ações equivalentes na Bolsa espanhola, ganhando a diferença. Esta possibilidade de negociação entre mercados é uma garantia de que o preço do recibo não pode ficar defasado em relação ao da empresa no mercado internacional. A decisão de manter estes recibos em carteira, depois da troca, vai depender de análise mais cuidadosa. As ações da Telesp são de uma empresa local, cujo mercado e o potencial são conhecidos dos analistas. A Telefónica de Espanha, por sua vez, vai exigir dos analistas um conhecimento do mercado mundial de telefonia. Isso pode dificultar a definição de critérios para a escolha do papel.

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