Trump assina decreto para acelerar concessão de licenças de mineração de carvão nos EUA

Presidente dos EUA desdenha do aquecimento global e afirma que ‘terminou a guerra de Obama e Biden’ contra o combustível fóssil

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Foto do author Pedro Lima

O presidente Donald Trump assinou nesta terça-feira, 8, uma série de decretos para revitalizar a indústria do carvão nos Estados Unidos, incluindo medidas para acelerar licenças de mineração, suspender o fechamento de usinas e enfrentar estados Democratas com políticas contrárias ao combustível fóssil. “Estamos trazendo de volta hoje uma indústria muito poderosa em termos de energia que estava abandonada”, declarou, durante cerimônia na Casa Branca.

“Estamos terminando a guerra de Biden e Obama contra o carvão nos EUA”, afirmou, prometendo reabrir usinas desativadas e modernizá-las. “Países estão reabrindo minas de carvão pelo mundo todo”, justificou, defendendo que o combustível é “a forma de energia mais segura e poderosa”.

Trump garantiu isenções a 47 empresas de carvão, sem citar quais seriam Foto: Ryan Dorgan/AP

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Entre as medidas anunciadas, Trump destacou uma ordem executiva para liberar o que chamou de “carvão limpo”. “Vamos cortar a regulamentação que tem o carvão limpo como alvo”, disse, prometendo simplificar licenças e impedir que futuros governos encerrem o setor por meio de decretos. O republicano também garantiu “isenções a 47 empresas de carvão”, ainda sem mencionar quais.

O presidente também vinculou a política energética ao avanço da inteligência artificial (IA), área em que os EUA disputam liderança com a China. “Estamos na frente de todos os países na questão da IA. China é segundo, com grande margem”, afirmou. “Vamos precisar de muita energia para mais investimentos em IA no país”, justificando a meta de dobrar a capacidade energética nacional.

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Trump desdenhou do aquecimento global: “Não temos que nos preocupar com ar esquentando, com oceanos subindo”. Em vez disso, alertou para o “aquecimento nuclear”, apontando que o “Irã sabe bem o que é”, ironizou.

Mais detalhes sobre os decretos assinados há pouco por Trump devem ser divulgados pela Casa Branca até amanhã.

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