Após a China anunciar que irá retaliar os Estados Unidos com imposição de sobretaxas sobre os produtos importados agrícolas, o presidente Donald Trump subiu o tom de sua política comercial com os asiáticos. Na noite desta segunda-feira, 18, ele decidiu aumentar a aposta ao pedir que o representante comercial do país, Robert Lighthizer, identifique US$ 200 bilhões em produtos da China para tarifas adicionais de 10%. Mais tarde, Trump afirmou que, se houver nova retaliação por parte de Pequim, "adotaremos tarifas adicionais sobre outros US$ 200 bilhões em bens". O total, portanto, poderia chegar a US$ 400 bilhões.
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"Estas tarifas entrarão em vigor se a China se recusar a mudar suas práticas mais uma vez", disse o republicano, afirmando que as relações comerciais entre Washington e Pequim devem ser mais "equitativas".
Na sexta-feira, a Casa Branca anunciou tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões contra produtos chineses alegando "roubo de propriedade intelectual". De acordo com o governo Trump, essas barreiras foram impostas "para encorajar a China a mudar práticas injustas quanto à tecnologia e inovação. E também servem como um passo inicial para trazer equilíbrio ao nosso relacionamento comercial com a China". Poucas horas após o anúncio, a China anunciou que retaliaria as ações dos EUA no mesmo nível.
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Em comunicado divulgado na noite desta segunda-feira, Trump afirmou que o movimento adotado pelo governo chinês "indica claramente sua determinação em manter os EUA em permanente e injusta desvantagem, o que se reflete em nosso enorme desequilíbrio comercial de US$ 376 bilhões em mercadorias". No documento, o republicano se refere à ação chinesa como "inaceitável" e diz que as tarifas impostas por Washington têm como finalidade incentivar a China a mudar práticas comerciais desleais, abrir o mercado aos produtos americanos e aceitar uma relação comercial mais equilibrada com os EUA.
Trump ressaltou que tem um "excelente relacionamento" com o presidente chinês, Xi Jinping, e afirmou que os dois continuarão trabalhando juntos em muitas questões. No entanto, o americano enfatizou que ninguém mais irá tirar vantagem dos EUA no comércio. "Nem a China nem outros países do mundo. Continuaremos usando todas as ferramentas disponíveis para criar um sistema de negociação melhor e mais justo para todos os americanos", disse o presidente americano.
Na tarde desta segunda-feira, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que a China está engajada em uma "economia predatória de nível sem precedentes de furto de propriedade intelectual". Durante evento em Detroit, Pompeo também comentou que as recentes afirmações de Pequim sobre "abertura e globalização" são "uma piada".
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