Depois da troca de farpas do início da semana, representantes do Sistema Nacional Unimed e integrantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vão se reunir. Marcado para terça-feira entre o presidente da Unimed, Edmundo Castilho, e o ministro da Saúde, José Serra, o encontro tem como objetivo discutir as reivindicações feitas pela cooperativa em um manifesto divulgado em jornais do País na segunda-feira. "Entre os temas discutidos estará a sobrecarga tributária de que somos vítimas", adiantou Castilho. O presidente voltou a dizer que as cooperativas não têm fins lucrativos e que, por essa razão, deveriam ter um tratamento diferenciado. "Queremos discutir as dificuldades existentes e temos certeza de que os impasses vão ser superados", completou. No manifesto de segunda-feira, a Unimed acusou a ANS de burocratizar a assistência médica, exceder seu papel de fiscalização e, com isso, encarecer os custos dos planos de saúde. Esse aumento, chamado no manifesto de "custo ANS", foi logo rebatido. A Agência reafirmou que atua de acordo com suas atribuições legais e lembrou a grande quantidade de multas aplicadas por ela às empresas do Sistema Unimed em razão do reajuste abusivo das mensalidades dos planos de saúde. Após o anúncio da Unimed, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, afirmou que as exigências impostas pela Lei n.º 9.656, de 1998, encarecem os planos e, por isso, houve queda de 10% do número de clientes.