De acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), os primeiros seis meses deste ano registraram um número menor de lançamentos no mercado imobiliário. No entanto, esse fator não prejudicou as vendas. "O índice de velocidade de vendas foi 30% superior ao registrado no ano 2000", comenta o diretor de marketing da Lopes Consultoria de Imóveis, Tomas Sales. O diretor da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia, diz que os problemas políticos ocorridos no semestre, o plano de racionamento da energia e a crise argentina exerceram mais influência psicológica no segmento imobiliário do que de fato impediu o crescimento do setor. "Houve uma preocupação por parte do setor de produção, mas o mercado permaneceu aquecido. A tendência do segundo semestre é, portanto, a de aumentar substancialmente o número de lançamentos". Zonas leste e sul irão ganhar novos empreendimentos O fato dos imóveis de alto padrão terem demanda certa, faz com que bairros como o Tatuapé, na zona leste, volte a receber novos empreendimentos. Ela foi a campeã de lançamentos no semestre, segundo pesquisa da Embraesp. Das 5.154 unidades ofertadas neste ano, 3.659 são de imóveis de dois dormitórios, 1.341, de três e 154, de quatro. Na cotação da Embraesp, o preço médio do metro quadrado de área útil na região é de R$ 1.191,17. A zona sul aparece em segundo lugar no ranking de lançamentos com 5.095 novas unidades. Ao contrário da zona leste, o maior número ofertado é de imóveis com três quartos: 2.332 unidades. Em seguida vem o de dois dormitórios com 2.074 opções, o de quatro com 614 e o de um quarto com 75 unidades disponíveis. O preço médio do metro quadrado de área útil é de R$ 1.813,78. As demais regiões aparecem mais timidamente. A zona oeste teve 1.847 unidades, e o preço médio do metro quadrado de área útil é avaliado em R$ 2.162,12. A zona norte com 1.316 e o preço médio do metro quadrado R$ 1.340. A região central com 328, e o metro quadrado da área útil custa em média R$ 1.084,02. O diretor de planejamento e marketing da Abyara Planejamento Imobiliário, Rogério Santos, destaca que o momento está muito bom para quem quer investir em imóveis. "Com a alta do dólar, o preço das unidades habitacionais está bem atraente", avisa. No entanto, Santos faz a seguinte observação. "Em função da procura e o aumento dos insumos cotados em dólar, a tendência é o mercado imobiliário recuperar o valor dos produtos", diz.
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