Vendas no comércio varejista sobem 1% em outubro, calcula IBGE

No ano, as vendas acumulam alta de 2,5% e nos últimos 12 meses, de 3,1%

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As vendas no varejo seguiram a tendência já registrada em setembro e tiveram uma nova alta em outubro. No 10º mês do ano, as vendas do comércio varejista cresceram 1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, as vendas haviam subido 0,3%.

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Segundo o IBGE, o aumento da renda puxou o resultado de outubro. Entre os setores que compõe a pesquisa, o de equipamento e materiais para escritório, informática e comunicação teve destaque, registrando alta de 3,5% em outubro.

Em relação a outubro de 2013, as vendas no varejo subiram 1,8%. No ano, acumulam alta de 2,5% e nos últimos 12 meses, de 3,1%. O resultado de outubro veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, serviço da Agência Estado, que esperavam desde queda de 0,10% a crescimento de 1,40%, mediana positiva de 0,50%.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 1,7% em outubro ante setembro. Na comparação com outubro do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 2,6% em outubro deste ano. Até outubro, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam queda de 1,5% no ano e recuo de 0,50% nos últimos 12 meses.

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Para o economista chefe da Icatu Seguros, Rodrigo Alves de Mello, o varejo teve uma alta relativamente forte e superou a pior fase do meio do ano. O comércio registrou cinco quedas seguidas nas vendas entre abril e outubro deste ano.

Embora tenham registrado melhora na comparação com o mês anterior, as vendas de veículos permanecem em patamar inferior ao do ano passado. Houve queda de 11,2% no volume vendido em outubro ante outubro de 2013, a oitava taxa negativa consecutiva. O resultado puxou o recuo de 2,6% nas vendas do varejo ampliado no período. O segmento de material de construção também teve queda, -0,2%.
"O ano de 2014 não está sendo favorável para o setor de veículos, porque o governo já vem há anos com incentivos, a conjuntura econômica está menos favorável em 2014, as famílias estão com a renda mais comprometida, o crédito está crescendo menos que no ano anterior", justificou a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Juliana Vasconcellos.
Já a recuperação de 4,3% no volume vendido em outubro ante setembro foi motivada pela liquidação de estoques de modelos antigos. "Houve promoções nas concessionárias, que estão querendo acabar com estoques antigos para começar as vendas os modelos novos do próximo ano", explicou Juliana.
O aumento nas vendas de automóveis, junto com uma alta de 1,4% no setor de material de construção, ajudou a explicar a alta de 1,7% no varejo ampliado no mês. 
Setores. Apenas uma atividade do varejo registrou recuo nas vendas na passagem de setembro para outubro: livros, jornais, revistas e papelaria. A queda foi de 0,9%.
As outras nove atividades que integram o varejo ampliado registraram variações positivas: Veículos e motos, partes e peças (4,3%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%); Tecidos, vestuário e calçados (2,0%); Material de construção (1,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,4%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%); Combustíveis e lubrificantes (0,5%); Móveis e eletrodomésticos, com (0,3%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%).
Revisão. O IBGE revisou a taxa de crescimento das vendas no varejo em agosto ante julho de 1,2% para 1,4%. O resultado de junho ante maio também foi revisto, de -0,7% para -0,8%, enquanto o de maio ante abril passou de 0,2% para 0,3%. No varejo ampliado, houve revisão da taxa de setembro ante agosto, de 0,5% para 0,6%. O resultado de julho ante junho saiu de 0,7% para 0,4%; o de junho ante maio passou de -3,3% para -2,6%; o de maio ante abril, de -0,8% para 0,0%; e o abril ante março, de 0,2% para 0,1%. (Com Maria Regina Silva)

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