
O termo inteligência artificial (IA) foi criado por John McCarthy no fim dos anos 1950. Com o passar dos anos, diversos cientistas e pesquisadores desenvolveram projetos com propósitos distintos em busca de recriar e aprimorar determinadas capacidades humanas.
Para a população em geral, porém, o tema ganhou relevância recentemente. Criado em 2022, o ChatGPT trouxe uma interface intuitiva, na qual as pessoas conseguem interagir de forma simples com a ferramenta. De lá para cá, inúmeras outras soluções surgiram com diferentes propostas e finalidades, mas seguindo um modelo similar de utilização.
Na educação, a inteligência artificial conquistou rapidamente muitos admiradores, assim como gerou alguns temores. Mas, afinal, a IA é uma ameaça ou uma ferramenta para o aprendizado?
Claro que a resposta não é tão simples. Portanto, para responder a essa questão, é importante entender um pouco mais sobre o assunto, identificando os pontos positivos e os negativos, contribuindo assim para que a inovação se torne um instrumento útil na formação dos estudantes.
Inteligência artificial na educação
O avanço da inteligência artificial nos últimos anos injetou na sociedade uma grande variedade de ferramentas inovadoras, modificando a forma como o conhecimento é transmitido atualmente.
Claro que o professor não perdeu seu papel. Entretanto, quando corretamente utilizada, a IA funciona como um assistente valioso na construção e no enriquecimento do conhecimento.
Muito mais do que uma biblioteca virtual, soluções com base em inteligência artificial interagem com os estudantes, apresentando caminhos e respostas para que o aluno realmente desenvolva um pensamento crítico e aprenda o conteúdo desejado.
Esta história, porém, possui um outro lado não tão nobre. Como um “gênio da lâmpada”, a IA também é utilizada por alguns para “realizar desejos”. Como um “passe de mágica”, o usuário pede para a máquina escrever um trabalho sobre determinado tema e, rapidamente, o texto aparece.
Esse e outros usos indiscriminados da inteligência artificial trouxeram à tona questões éticas, morais e legais, exigindo até mesmo a atuação do poder público. Em dezembro de 2024, o Senado aprovou o projeto de lei que regulamenta o uso da IA no país. O documento agora está na Câmara para a análise e votação dos deputados federais.
Caminhos para o uso da IA na educação
É importante lembrar que a inovação sempre se fez presente na sociedade, promovendo transformações constantes em todas as áreas. Com a inteligência artificial não é diferente.
Por ser um importante personagem na formação acadêmica e moral dos estudantes, a escola não pode simplesmente “virar as costas” para essa realidade. Muito pelo contrário. A instituição precisa atuar para preparar o aluno para se relacionar e utilizar esta e outras inovações tecnológicas com ética e responsabilidade.
Mas como a IA pode deixar de ser a vilã e se transformar em uma ferramenta eficaz para o aprendizado? A resposta está em encontrar um propósito pedagógico para a solução, demonstrando aos estudantes como a tecnologia se conecta com o dia a dia, auxiliando no desenvolvimento de soluções para diferentes problemas.
“Imagine estudantes explorando as pirâmides do Egito em uma aula de história, ou viajando pelo sistema solar em uma aula de ciências. Caso haja acesso a equipamentos mais robustos, como óculos de realidade virtual, há softwares ainda mais avançados para garantir aulas completas e em alta resolução. Além da imersão, a RV também pode auxiliar na compreensão de conceitos abstratos e no desenvolvimento de habilidades práticas, e pode ser utilizada em qualquer disciplina da grade curricular”, explica Victor Hugo Alves, líder de Tecnologia Educacional do Inspired Education Group no Brasil.
Ao trabalhar com a metodologia ativa, a Escola Eleva, por exemplo, ensina os alunos por meio de projetos e atividades que exigem o engajamento dos estudantes durante as aulas.
Outro bom exemplo é a disciplina Creative Technology. Ao unirem tecnologia e criatividade em aulas ministradas em inglês, os estudantes aprendem por meio de projetos, encontrando soluções para problemas reais. Para isso, as atividades são ancoradas em quatro eixos: Media, Maker, Coding e Digital Citizenship.
Na busca por soluções para os desafios apresentados em sala de aula, os estudantes conseguem utilizar a inovação como uma ferramenta para aprender ainda mais sobre o conteúdo em pauta.
Um ponto importante é utilizar o tema como ponto de partida para o debate sobre questões éticas, morais e sociais, contribuindo assim para a formação dos alunos para a sociedade.
Estes, claro, são apenas alguns exemplos de como a inteligência artificial pode se transformar em uma ferramenta a serviço da educação. Com ética, responsabilidade e uma metodologia apropriada, as escolas conseguirão formar os estudantes para se destacarem neste novo cenário.
“É de suma importância que a escola tenha formação continuada de qualidade. Não apenas no uso instrumental, mas também em Educação Midiática, para que possam entender quais ferramentas são seguras para cada faixa etária, e como educar as crianças para que façam um uso responsável e consciente das mesmas”, finaliza Alves.
Quer saber mais sobre o assunto? Então acesse o www.escolaeleva.com.br.