Carreiras inventadas

Construir uma trajetória profissional única é cada vez mais possível num mercado que permite novas relações com o trabalho

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Por Redação
2 min de leitura

A programação do Festival Start de Carreiras incluiu entrevistas com dois expoentes das novas possibilidades do mercado de trabalho: Nyvi Estephan, apresentadora gamer, e Pedro Afonso, CEO da Atomcore Studio, empresa focada em projetos 3D, Realidade Aumentada, NFT e Metaverso. Ambas as conversas foram mediadas pelo jornalista Matheus Mans, especialista em tecnologia do Estadão.

Nyvi contou que começou a trabalhar aos 15 anos, como integrante de um grupo de percussão. Quando chegou a época do vestibular, sentiu vontade de estudar Moda. Conseguiu uma bolsa para estudantes de baixa renda e iniciou o curso. Como era preciso trabalhar para se manter, ela ingressou no call center de uma corretora financeira. Depois de algum tempo, foi promovida para analista e chegou a pensar em fazer Economia, mas levou o curso de Moda até o fim.

Divulgação 

Quando se formou, Nyvi sentiu uma “lacuna” na agenda. “Eu havia me acostumado a estudar e a trabalhar, a dormir pouco, a ter sempre muita coisa pra fazer. Acabei usando aquele tempo que estava sobrando para organizar campeonatos de videogames com meus amigos”, ela recorda. Espontânea e comunicativa, tornou-se a apresentadora dos campeonatos, numa época (estamos falando de dez anos atrás) em que essa profissão praticamente não existia no País. O mercado gamer foi crescendo e ela virou referência, inclusive pelo pioneirismo.

Ao longo do caminho, Nyvi fez vários cursos de aperfeiçoamento: interpretação para televisão na escola Wolf Maya, locução no Senac, jornalismo de games na Cásper Líbero, além de inglês e espanhol. Recentemente começou a fazer canto, para aumentar a conscientização vocal. “Minha principal mensagem seria essa: nunca se acomode. Tem muita gente competente por aí. Se você se acomodar, os outros te superam.”

Quanto mais... mais

Pedro Afonso contou que começou a trajetória profissional como artista plástico. Interessou-se por pintura ainda na infância e, aos poucos, foi transferindo o processo de produção artística para o digital. Nesse caminho, aprender novos recursos e técnicas foi uma necessidade permanente. “Quanto mais a gente estuda, mais a gente se dá conta sobre tudo aquilo que ainda não sabe. Essa constatação foi sempre uma grande motivação pra mim”, ele descreveu.

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Foi nessa busca por novas possibilidades que ele entrou em contato com a Realidade Aumentada, em 2017, quando o assunto era pouco conhecido no Brasil. Hoje, é um dos carros-chefes dos negócios atuais da Atomcore. “Foi a curiosidade que me trouxe até aqui.”

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