As crianças sempre nos surpreendem de alguma forma, pois são sujeitos arteiros, criativos e curiosos.
Mesmo nesse período de aulas remotas, elas continuam interessadas em tudo aquilo que começou no presencial, nossas investigações e descobertas.
Por isso, na semana passada, a aula remota do Grupo 3 da Educação Infantil rendeu boas conversas e ótimas interações.
Nessa aula, as crianças continuaram suas interações com o calendário, conversaram sobre a quantidade de dias que faltavam para o mês acabar e chegaram a conclusão de que 'faltava muuuuuito'.
Aproveitando a presença da coordenadora pedagógica Lívia Guimarães, que enviou um registro de quando visitou o Mural Etnias, do muralista Eduardo Kobra, o grupo discutiu sobre as proporções e cores do mural, pois o Kobra é o artista que estão investigando.
Além disso, nessa aula eles tiveram algumas brincadeiras, um bocado delas pensadas para o ensino remoto e outras adaptadas do presencial, para matar um pouco da saudade.
"Como contribuir para a arte do encontro?" pergunta a psicanalista Patrícia Bohrer Pereira Leite, no prefácio do livro Mundo Aberto, de Maria Emilia Lopez, sobre cultura e primeira infância.
Esse é um questionamento que mobiliza todo o trabalho pedagógico acerca do ensino remoto na Educação Infantil, porque entendemos que no atual contexto, o ato de se encontrar é vital para garantir interações, vínculos, aprendizagens e a saúde humana.
Nesse sentido, a proposta da aula foi de favorecer "encontros com aquilo que por ser humano e universal significa, acalma, enriquece e estrutura", tal como traz Patrícia Bohrer. Por consequência, nos deparamos com encontros tão importantes como esse que viemos compartilhar", contextualiza a coordenadora.
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