Brincadeiras antigas como pular corda trazem benefícios para o desenvolvimento infantil que nenhum equipamento tecnológico é capaz de proporcionar, por isso merecem ser incentivadas. No Colégio Santa Maria, elas têm espaço garantido na grade curricular da Educação Infantil. "Ao pular corda, a criança compreende sua ação, desenvolve o pensamento lógico-matemático por meio de relações espaço-temporais, além de valorizar a cultura das brincadeiras de seus pais e familiares", explica a professora do Pré, Maria Beatriz Brito Rossetti.
As ladainhas propostas nesta brincadeira (Quantos anos você tem? Um, dois, três...) permitem que os alunos percebam sequências, regularidades e que "dialoguem" com a brincadeira, assim, sentem-se motivados a participar inúmeras vezes, mesmo que encontrem dificuldades no início. "Depois da atividade realizada e algumas variações da brincadeira de corda, conversamos a respeito das estratégias utilizadas, o que deu certo, o que não deu e o que podemos melhorar na próxima", declara a professora.
O grupo também realiza o registro em forma de desenho, para que a criança reflita sobre o que realizou e o professor perceba os aspectos mais significativos para cada um. "Os registros estão focados nas sensações corporais e do movimento da corda, que são características de quem ainda procura dominar e coordenar os movimentos do corpo e da corda para pular com mais destreza", enfatiza Maria Beatriz.
Trecho do livro Brincadeiras Infantis nas Aulas de Matemática, de Kátia Stocco, Maria Ignez Diniz e Patrícia Cândido:"As brincadeiras com corda oferecem intenso exercício físico e ajudam no desenvolvimento de habilidades motoras, sincronização de movimentos e atenção, podem também ser utilizadas no trabalho de matemática para que ensinem e explorem ideias referentes a números (contagem e sequência numérica), medidas (noções de velocidade, tempo, altura e distância) e geometria (discriminação visual e espacial)".
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.