Comissão estuda validar diplomas obtidos no exterior

MST pressiona pela validação de diplomas de Medicina obtidos em Cuba. E pede mais recursos para suas escolas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Uma comissão da Secretaria de Ensino Superior (SESu), do Ministério da Educação, estuda formas de validar no Brasil os diplomas de Medicina obtidos por estudantes brasileiros no exterior. O grupo foi criado na metade de julho e tem até outubro para apresentar uma proposta de unificação para os critérios de validação. Com isso, os jovens do Movimento Sem Terra (MST) que foram estudar Medicina em Cuba poderão ter seus diplomas validados para trabalhar no Brasil. A validação dos diplomas já é prevista pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). O estudante deve apresentar seu diploma e histórico escolar em uma instituição que tenha o mesmo curso que fez no exterior. No entanto, hoje cada instituição adota critérios próprios e cobra valores diferentes para fazer a validação. O MEC pretende unificar o processo. Atualmente, apenas Portugal tem um acordo com o Brasil que permite a utilização dos diplomas em ambos os países, sem necessidade de validação. O País tem um acordo cultural com Cuba, mas não há previsão de que a validação passe a ser automática. Recursos Em audiência na segunda-feira com o ministro da Educação, Tarso Genro, um grupo de educadores do MST pediu a liberação de recursos do programa Brasil Alfabetizado ? parado praticamente desde o início do ano ? e para a finalização da Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP), que o movimento quer usar para formar jovens nas áreas de educação e agricultura, e também como lideranças políticas. A escola, que deve começar a funcionar em janeiro, está sendo construída com doações obtidas no Brasil e no exterior. João Paulo Rodrigues, coordenador do MST, disse que há um projeto para a organização receber financiamento do MEC, através do Programa de Expansão do Ensino Profissional (Proep), parado desde 1998 no ministério. No Brasil Alfabetizado o MST cobrou a assinatura do convênio que vai permitir ao movimento continuar a alfabetização nos assentamentos e também em acampamentos. Os sem-terra já fizeram parte do programa em 2003, mas a assinatura dos convênios deste ano estava suspensas no primeiro semestre para reavaliação. ?Temos acampamentos com mais de 50% de analfabetos?, disse João Paulo. Segundo Tarso, o ministério vai trabalhar com a possibilidade de aceitar projetos de longo prazo.

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