Diretor denuncia saque e depredação em escola ocupada em Sorocaba

Segundo Luiz Jorge, duas portas foram arrombadas, a grade de uma escada foi arrancada e vários objetos foram danificados

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Foto do author José Maria Tomazela
Grade arrancada em escola de Sorocaba Foto: JOSÉ MARIA TOMAZELA/ESTADÃO

SOROCABA - A direção da Escola Estadual Professor Antonio Padilha, em Sorocaba, denunciou saque, furto e depredações durante o período em que o colégio foi ocupado por estudantes em protesto contra o plano de reorganização escolar do governo. De acordo com o diretor Luiz Jorge, duas portas foram arrombadas, a grade de uma escada foi arrancada e vários objetos foram danificados, entre eles câmeras do sistema de monitoramento. Um aparelho de DVD desapareceu.

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Os ocupantes arrombaram a cantina terceirizada e teriam levado R$ 800 que estavam no caixa. Conforme relato da gestora Gabriela Prestes, foram furtados ainda alimentos e bebidas estocados num freezer, além de produtos de consumo que estavam nas prateleiras. 

Os ocupantes deixaram espalhados pela escola colchonetes, roupas velhas e utensílios usados durante a ocupação. O diretor registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. Ele disse que não pode apontar os autores do vandalismo, mas é capaz de identificar as 12 pessoas que estavam no local.

De acordo com Jorge, como as aulas já foram retomadas, a escola vai arcar com os prejuízos deixados pela ocupação. "Não sou contra a manifestação, mas o que aconteceu aqui não tem a ver com reivindicação. Pessoas alheias à escola se infiltraram e a ação dessa uma dúzia trouxe prejuízo para 2.500 alunos", afirmou. A escola estava ocupada desde o dia 23 de novembro. Os estudantes deixaram o prédio no início da noite de segunda-feira, 7. A Polícia Civil vai usar as imagens do circuito interno na tentativa de identificar os autores dos furtos e danos.

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A coordenadora regional do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Magda Souza, que apoiou o movimento, disse que é preciso apurar o que realmente aconteceu na Escola Antonio Padilha. "Tivemos 24 ocupações na cidade e esta é a única em que houve relato de problemas. Em muitas outras, os diretores elogiaram os alunos, pois eles fizeram faxina, pintura e capinação, deixando a escola melhor do que estava", disse.  

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