A falta de professores na rede estadual levou o governo do Rio a adiar por uma semana o início do ano letivo no Estado, inicialmente previsto para o dia 9, e a reduzir pela metade a carga horária de disciplinas como história e geografia, prejudicando cerca de 1,5 milhão de alunos do ensino médio e fundamental. Cerca de 20 mil professores aprovados em concurso realizado em 2001 ainda não foram chamados pelo governo, que anunciou a contratação temporária de docentes, sem definir o número de vagas. ?Temos uma carência de 26 mil professores e 10 mil funcionários na rede estadual?, afirma o coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe), Gualberto Tinoco. Segundo ele, professores vêm tentando, sem sucesso, marcar uma audiência com a governadora Rosinha Mathues (PMDB) desde o início do mandato, em janeiro de 2003. ?O governo ignora nossas reivindicações e continua sua política de contratações temporárias, em vez de fazer o óbvio, que é chamar os concursados.? O Estado procurou hoje o secretário da Educação, Cláudio Mendonça, e sua assessoria combinou uma entrevista para as 17h, mas a conversa foi cancelada pela secretaria. ?Ele (Mendonça) teve que sair e não vai poder ligar porque está com um problema no celular?, disse uma assessora, que informou não ter localizado nenhum subsecretário.