A direção da USP do câmpus da zona leste vai modificar a grade de pelo menos mais um curso que passa por problemas de aceitação no mercado, o de Gerontologia. Segundo a reitoria de graduação, os conteúdos serão revistos e várias propostas estão sendo analisadas. O formato final, porém, deverá ficar pronto no ano que vem, para entrar em vigor a partir de 2012.
“As mudanças serão poucas, mais uma definição melhor dos eixos do programa”, afirma a presidente da comissão de graduação da EACH, Maria Cristina Motta de Toledo. As modificações propostas promovem melhor equilíbrio entre os eixos do curso: o de saúde, que inclui aspectos biológicos, sociais e psicológicos, e o de gestão.
Além disso, haverá aumento na carga horária de aspectos sociais do envelhecimento. “Como é um curso para a gestão, não precisamos de aval de conselho de classe, como ocorre na área médica”, explica a pró-reitora de graduação da USP, Telma Maria Tenório Zorn.
As mudanças no curso fazem parte de um processo de revisão da USP Leste, uma tentativa da instituição em democratizar o acesso à universidade e ampliar as relações com o seu entorno. Todas as graduações oferecidas são novas no mercado, já que o regulamento da USP não permite que haja o mesmo curso em mais de uma unidade na mesma cidade. Com isso, muitos têm baixa procura de estudantes e pouca empregabilidade.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.