Há um consenso entre educadores das mais diversas origens de que quanto mais cedo o tema for abordado em sala de aula, maiores e melhores as chances de formar-se cidadãos conscientes sobre sua responsabilidade quanto ao futuro do mundo em que vivemos.
Mas foram as Diretrizes Curriculares para a Educação Ambiental de 2012 que estabeleceram que esta área de conhecimento "deveria ser desenvolvida como uma prática integrada e multidisciplinar, não devendo, portanto, ser usada como componente ou disciplina curricular".
Já na BNCC do Ensino Fundamental, a Educação Ambiental surge entre as Competências Gerais: "Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários".
Assim, é inquestionável que a Educação Ambiental -- seja em disciplinas da área das ciências da natureza ou humanas -- deva fazer parte do currículo escolar desde o ensino infantil, tendo como ponto de partida diferentes perspectivas e momentos do desenvolvimento dos estudantes e das estudantes.
Na Educação Infantil
É na infância, quando o desenvolvimento cognitivo dá grandes saltos, que a criança está aberta para internalizar valores, princípios e conceitos. A professora e o professor que atuam nesta etapa podem utilizar esta oportunidade para mostrar aos pequenos a proximidade da relação entre seres humanos e natureza.
A compreensão desta conexão colaborará, mais adiante, para a formação de um indivíduo mais ético e consciente de fazer parte de uma comunidade interdependente, que é o planeta em que vivemos.
Outro aspecto que pode ser trabalhado com as crianças é introduzir a percepção do impacto que a ação das pessoas provoca na natureza. Um exemplo é mostrar, por meio de experimentos e projetos, o tempo que cada material (papel, alumínio, material orgânico como cascas de frutas, plástico etc) leva para se decompor na natureza, ou como eles podem ser reaproveitados ou processados, trazendo o conceito da reciclagem e da economia de recursos naturais.
Encampar estes conceitos nas práticas da educação infantil ajuda a desenvolver uma consciência de como seus atos e escolhas individuais podem estar relacionados ao coletivo, ajudando a formar nos alunos e alunas um olhar mais crítico e atento, além da sensação de pertencimento a uma comunidade que vai além da família e da escola: o mundo.
Ensino Fundamental
Durante este período, professoras e professoras podem usar atividades para conscientizar as e os estudantes dos problemas e potencialidades ambientais da atualidade, estimulando-os ao debate, às propostas e as trocas entre colegas e professor.
Nos anos finais, desenvolver projetos mais complexos -- como propostas para reduzir o consumo de plástico em todas as instâncias de suas vidas cotidianas, por exemplo -- podem ser boas formas de estimular os estudantes a terem uma visão mais prática do que já foi aprendido até esse momento.
Ensino Médio
Temas mais ligados a atualidades, como o desmatamento recorde da Amazônia, a relação entre o aumento da temperatura no mundo e um maior número de enchentes e alagamentos em diversos pontos do globo, além da importância da preservação de conhecimentos ancestrais guardados pelas comunidades nativas podem ser debatidos, além de poderem ser trabalhados em diferentes projetos e contextos pedagógicos.
É muito importante que nesta fase os estudantes tenham compreensão da dimensão dos impactos que as questões ambientais têm, sejam eles sociais, econômicos, científicos ou políticos.
Além disso, vale lembrar que em todas as fases da educação, a professora e o professor podem trabalhar temas relacionados à cidade ou comunidade na qual está localizada a escola, reforçando a questão do território do aluno e seu pertencimento a ele.
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