Jogos prejudicam acesso dos candidatos do Enem em Santos

Escolas foram reservadas para a hospedagem dos estudantes que participariam de evento

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As provas do Enem em Santos foram marcadas por muitos protestos. Com a realização dos Jogos Abertos do Interior, que começaram anteontem, muitas escolas estaduais e municipais foram reservadas para a hospedagem dos estudantes provenientes de 220 colégios do interior. Com isso, as provas do Enem foram realizadas em três universidades da Vila Mathias, na zona central da cidade, dificultando o acesso de muitos alunos, já prejudicado pela redução do número de ônibus em circulação aos sábados, pelo trânsito pesado e pelas chuvas que castigam a Baixada Santista desde a noite de sexta-feira.

 

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"Minha mãe vai me matar, porque joguei os R$ 35,00 da inscrição no lixo", lamentou Ricardo Moraes, de 18 anos, que chegou ao campus da Universidade Católica de Santos 15 segundos após o fechamentos dos portões. Inconformado, disse que terá de esperar o Enem do ano que vem, porque não tem dinheiro para pagar faculdade particular.

 

Para evitar riscos, Stephanie Rodrigues, de 19 anos, estava acompanhada da avó na frente dos portões da Católica às 12h20, 40 minutos antes do início das provas.

 

Confiante no seu desempenho, Stephanie, que já passou no vestibular para Engenharia Ambiental na Unisantos, acha que conseguirá uma bolsa de estudos com a nota do Enem. A avó Magali Ribeiro Rodrigues contou que as duas saíram cedo do bairro do Boqueirão para não perder a hora. "Esse exame é muito importante pra todo mundo", disse.

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Treineiro neste Enem, o aluno do 2º ano do ensino médio Tiago Palmarin, de 16 anos, foi barrado no câmpus da Católica porque o pessoal da organização não aceitou a cópia do seu documento de identidade. "Gostaria de me ambientar com a prova, para fazer a definitiva no ano que vem. Mas paciência, vou ter outra chance."

 

Thatiane

da Silva, de 23 anos, moradora da zona noroeste, não conseguiu chegar a tempo para a prova, mesmo pilotando uma moto. Só conseguiu estacionar no momento em que os portões eram fechados. Ela afirmou que o trânsito estava horrível, por causa da chuva e do excesso de gente de fora que passa o fim de semana em Santos.

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