Movimento Uncollege chega ao Brasil em setembro

Grupo organiza "ano sabático" com palestras e estágios monitorados; Brasil é o primeiro a receber o curso fora dos EUA

PUBLICIDADE

Por Victor Vieira
1 min de leitura

SÃO PAULO - Estudar fora da universidade é a proposta do movimento Uncollege, que chega neste ano ao Brasil. Lançado há três anos e meio nos Estados Unidos, a corrente é formada por pessoas que desejam construir caminhos próprios de aprendizagem.

O movimento foi fundado pelo americano Dale Stephens, de 22 anos, que deixou a escola e depois a faculdade, descontente com o sistema convencional de ensino. Hoje, seu grupo oferece um programa de ano sabático, que envolve cursos livres em São Francisco, na Califórnia, com palestras, seminários, e estágios monitorados.

Em setembro começa a edição brasileira do curso, a primeira a ocorrer fora dos Estados Unidos, em Ilhabela, no litoral paulista, ao custo de R$ 15 mil. A ideia é formar uma turma de 12, com alunos do Brasil e do exterior, e as inscrições são feitas pelo site do grupo. Canadá e África do Sul devem ser os próximos países a receber o curso.

Lucas Coelho, de 24 anos, é um dos fundadores do Uncollege Brasil Foto: Felipe Rau/Estadão

Rotas de ensino. “O currículo é fixo, mas as atividades variam de acordo com o perfil do participante”, explica Lucas Coelho, de 24 anos, um dos fundadores do Uncollege Brasil. “A ideia é mostrar que o sucesso não depende do curso ou da instituição”, defende ele, que abandonou Engenharia de Produção.

Um dos principais pontos é ensinar como se aprende. “A pessoa deve saber se abstrai melhor o conteúdo pela visão ou pelos ouvidos”, exemplifica Coelho. O programa também se preocupa em preencher lacunas de cursos convencionais, com aulas sobre liderança, inovação e empreendedorismo.

Quanto ao reconhecimento no mercado, Dale Stephens garante que a tendência é de mudança. “Empregadores reconhecem cada vez mais que um diploma mostra pouco sobre as verdadeiras habilidades pessoais ou ética de trabalho”.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.