Presidente do Inep minimiza erro no cartão-resposta

Soares Neto admite, porém, que foi pego de surpresa e não sabe se todos candidatos foram avisados a tempo

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Em entrevista coletiva no final da tarde, o Ministério da Educação minimizou o erro no cartão-resposta na prova do Enem. O governo não sabe, entretanto, quantos estudantes foram avisados a tempo do erro ocorrido e nem a partir de quando essa possibilidade de correção estará disponível na internet. “No decorrer da semana”, disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), José Joaquim Soares Neto.

 

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O episódio estragou os planos do governo de anunciar a aplicação do Enem 2010 com sucesso, um ano depois da anulação do exame por causa do vazamento das provas.

 

Na coletiva, o Inep falou em tranquilidade, mas teve que admitir que foi pego de surpresa pela troca dos cabeçalhos do gabarito. “Fiquei sabendo por volta das 13h. Foi no começo, no início da prova. E a orientação foi dada bem no comecinho da aplicação”, disse Soares Neto.

 

Ele admitiu ainda que não pode garantir que todos os 3,5 milhões de estudantes que compareceram ontem ao exame receberam a informação de preencher as respostas de acordo com a orientação dada de última hora pelo MEC para que a numeração das questões da prova fosse seguida no preenchimento do gabarito.

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“Se por acaso alguma sala ou estudante não recebeu (orientação), estamos abrindo o requerimento”, afirmou. Apesar do erro, o presidente do Inep tentou diminuir a gravidade do episódio. “Nós tivemos 3,5 milhões de estudantes realizando o exame muito bem elaborado e não temos ocorrências de problemas em nenhum local. Tudo ocorreu de forma tranquila e a realização do exame foi um sucesso”, disse.

 

Soares Neto afirmou que não sabe o que ocorreu na impressão do cartão-resposta. “Ainda não tenho claro a origem do problema”, disse. “Claro que existe revisões, houve uma falha”, ressaltou. “É um processo bastante complexo. Nesse momento não tenho como afirmar onde foi que não ocorreu a não conferência, a falha desse problema”, afirmou.

 

Segundo ele, o Inep já entrou em contato com a gráfica que imprimiu as provas e o convênio Cespe/Cesgranrio que elaborou o exame deste ano. Soares minimizou a responsabilidade do MEC no erro. “O Inep não tinha as provas. As provas são impressas na gráfica em regime de total sigilo”, disse.

 

O presidente do Inep afirmou que o problema não mancha a credibilidade do exame, um ano depois do escândalo do vazamento da prova. “De forma alguma esse problema coloca em risco a credibilidade do exame. Ele ocorreu com bastante tranquilidade e sucesso”, disse.

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O erro ocorreu no cabeçalho do cartão-resposta, onde os alunos anotaram o gabarito. No caderno de prova, os estudantes tinham de responder, em primeiro lugar, as questões de ciências humanas, cujas questões vinham numeradas de 1 a 45. Depois, vinham as perguntas de ciências da natureza, entre os números 46 e 90. No cabeçalho do cartão-resposta, porém, a ordem estava invertida, o que causou confusão entre os estudantes.

 

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