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O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que governou o Estado de São Paulo por quase três décadas, viu o número de candidatos eleitos para os Executivos municipais despencar pelo segundo pleito municipal consecutivo. Neste ano, os tucanos elegeram 273 prefeitos em todo o País — 250 a menos do que em 2022, quando comemoraram a vitória de 523 postulantes. Na cidade de São Paulo, o resultado deste ano foi ainda pior para os tucanos — que já conseguiram vencer uma eleição em primeiro turno na cidade com João Doria, em 2016. O nome escolhido pelo partido, José Luiz Datena (PSDB), encerrou sua participação no pleito com amargos 1,84% dos votos válidos. Foi o pior desempenho da sigla na história das eleições paulistanas, local considerado pela legenda como “berço político”.
Sobre o momento do Partido, Eliane Cantanhêde conversa com o presidente nacional da sigla, Marconi Perillo - junto de Carolina Ercolin e Haisem Abaki.
A colunista e o subeditor de Internacional do Estadão, Luiz Raatz, diretamente de Washington, conversam com Carolina Ercolin e Haisem Abaki sobre a reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
O presidente Lula deve se reunir hoje com mais ministros para discutir o pacote de corte de gastos em elaboração no governo, depois de ter discutido o projeto ontem, com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho) e Camilo Santana (Educação). A ideia, de acordo com nota do próprio Ministério da Fazenda, é que outros ministros também possam “opinar e contribuir” no pacote de cortes. Não ficou claro, porém, quais ministros serão chamados para as conversas. Também ainda não está definido quando o pacote será divulgado. "O dólar disparou e aí o presidente Lula acordou e determinou que Haddad cancelasse uma viagem para ficar concentrado na questão dos gastos. A questão técnica está bem definida, logo, o que está faltando é a decisão política - e é nisso que Lula vem trabalhando. Gastos obrigatórios podem estar na mira", diz Eliane.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentam nesta quinta-feira, 31, a governadores a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. A PEC é uma tentativa do governo de tentar minimizar os problemas numa das áreas pior avaliadas da gestão petista. Na reunião realizada no Palácio do Planalto, governadores que apoiam o governo e também os de oposição cobraram ações de combate à criminalidade que vão além do que está previsto na PEC. "Há um temor de que este pacote retire autonomia dos estados sobre segurança pública e dê ingerência do governo federal sobre os estados nesta área. Mas o ponto positivo é que esta aberta a discussão. A proposta é avaliada positivamente pelos especialistas, agora é debater, fazer ajustes e tranquilizar os governadores. O crime organizado hoje é transnacional. Lula só comete um erro: demora neste debate. O Ministério da Justiça apresentou esta proposta em março para a Casa Civil e eles enrolaram. Vamos ver se com a reunião, avança; é fundamental para o Brasil", diz Eliane.
O presidente Lula discute hoje à tarde com governadores, no Palácio do Planalto, mudanças nas políticas de segurança pública no país. A ideia de Lula e de auxiliares é que o governo federal participe mais da formulação e implementação das políticas públicas sobre o tema, em especial no combate ao crime organizado. Lula também convidou representantes do Congresso Nacional e do Judiciário para o encontro, além de secretários estaduais de segurança. O presidente quer enviar ao Congresso uma proposta de emenda à Constituição para ampliar a atuação da União na área. Atualmente, a maior parte das atribuições de segurança cabe aos governos estaduais com suas polícias civis e militares. "Este pacote está parado desde março porque há muitas dúvidas Jurídicas, especialmente por ser uma PEC; é necessário negociar muito delicadamente. Os governadores acionam o governo federal pedindo socorro contra o crime, mas, pela Constituição, o papel federal é muito restrito. A ideia é dar mais poderes ao governo federal para coordenação de ações na Segurança Pública, com maior sintonia com procedimentos comuns entre os estados", diz Cantanhêde.
Jair Bolsonaro chamou de "utopia" e descartou a formação de uma vertente da direita que não gravite em torno dele. O ex-presidente declarou que já existiram tentativas semelhantes no passado e todas naufragaram. A afirmação é uma resposta a sugestões de viabilidade da direita longe do bolsonarismo. Neste ano, aliados do ex-presidente enfrentaram, e muitas vezes perderam, eleições para nomes de outros partidos de direita. "O presidente não sabe o que significa utopia, porque a palavra descreve uma sociedade ideal, da felicidade, e, falando isso, ele afirma que felicidade é não tê-lo liderando a direita. Além dos erros políticos, ele tem problemas na Justiça e está inelegível. Bolsonaro tem que repetir o tempo inteiro que é candidato porque está cada vez mais improvável que seja", afirma Eliane.