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A advogada criminalista, influenciadora e empresária Deolane Bezerra publicou no início da tarde desta quarta-feira, 4, uma carta aberta sobre a sua prisão preventiva, decretada nesta manhã. Ela está sendo investigada por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa de jogos de azar ilegais e lavagem de dinheiro. “Estou sofrendo uma grande injustiça”, afirma. "Este episódio jogou luzes sobre um mundo paralelo do Brasil. As bets são fora de controle. Você cria um jogo de aposta, tem milhares de seguidores e aí as pessoas começam a postar e o jogo vicia. A situação também joga luzes sobre o sistema bilionário que isso envolve. É preciso que haja controle", defende Cantanhêde.
A disputa pela Prefeitura de São Paulo será definida no segundo turno entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL). Com 100% das urnas apuradas na capital paulista, o emedebista somava 29,48% dos votos válidos ante 29,07% do psolista. As pesquisas de intenção de voto divulgadas na última semana de campanha eleitoral indicavam uma disputa acirrada entre Nunes, Boulos e Pablo Marçal (PRTB), que ficou de fora da disputa. Ele tinha 28,14%. "Vamos ver se o presidente Lula vai continuar longe da disputa ou mergulhar de cabeça; o risco é de uma vitória muito forte da direita na capital do principal estado do País no segundo turno. O grande nome é Gilberto Kassab, do PSD, que fez o maior número de capitais do País. A maior dupla vencedora é ele e o governador do estado, Tarcísio Gomes de Freitas. A direita moderna pode engolir o bolsonarismo. O PSD se tornou o grande herdeiro do PSDB - que comandou São Paulo por duas décadas", analisa Cantanhêde.
Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) protagonizaram os principais embates do debate de maior alcance do primeiro turno, realizado pela TV Globo na noite de quinta-feira, 3. Criticado por todos os adversários, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) defendeu sua gestão, buscou fazer acenos ao eleitorado de direita e bolsonarista que disputa com Marçal, mas evitou embates diretos com o ex-coach. A exceção foi quando o prefeito se posicionou sobre o boletim de ocorrência por violência doméstica registrado por sua mulher em 2011, novamente mencionado pelo candidato do PRTB.
O encontro é analisado por Eliane Cantanhêde durante sua coluna no Jornal Eldorado, em conversa com Carolina Ercolin e Haisem Abaki.
A TV Globo promove o último debate do primeiro turno das eleições de 2024 nesta quinta-feira, 3, às 22h. Para o encontro, a emissora convidou os candidatos à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) e será mediado pelo jornalista César Tralli. Dois critérios foram utilizados para escolher os participantes, segundo a emissora: candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares – como estabelece a legislação eleitoral – e candidatos que tenham alcançado pelo menos 6% das intenções de voto na última pesquisa Quaest, que foi divulgada em 30 de setembro. "Esse debate é sempre o último da campanha; hoje vai ter em 56 cidades de todo País, mas o foco é em São Paulo. Ele é muito decisivo - particularmente neste ano, porque a eleição paulistana chega ao final muito incerta. Há tantas dúvidas já que não se sabe se há o trabalho de voto útil; em todos os pleitos, os candidatos que têm menos chance começam a perder eleitores para candidatos de seu campo que têm mais chance de ir para o segundo turno, mas isso não está previsto dessa vez. A grande pergunta do debate de hoje é quem o Boulos vai mirar como seu adversário principal? Ele tem boa chance pela esquerda e tem que optar se quer segundo turno com Nunes ou Marçal", diz Eliane.
Exatamente cinco meses depois da melhora da perspectiva de rating (classificação de risco) do Brasil, a agência de classificação de risco Moody’s decidiu elevar a nota do País — de Ba2 com perspectiva positiva, para Ba1, um grau abaixo do grau de investimento — e manteve a perspectiva positiva. A instituição se adiantou às concorrentes — Fitch e Standard & Poor’s (S&P) — que com ela formam as Big 3 no setor. Apesar da melhora do rating pela Moody’s, nas três agências, o País segue como um mercado de investimento de grau “especulativo”, que antecede o primeiro nível do selo de bom pagador. "O próprio ministro Fernando Haddad admite que a questão fiscal ainda é um empecilho para a recuperação do Grau de Investimento. O Brasil melhora e é uma boa notícia, mas é surpreendente. O que impulsionou foi o crescimento da Economia. O ano começou com previsão de crescimento baixo e chega ao fim com previsão de crescimento significativo. O governo é gastador e a questão agora é controlar gastos e garantir arrecadação. O recado de Haddad é mais para o Governo que para todo o País", avalia Cantanhêde.
Durante o debate promovido nesta segunda-feira, 30, pela Folha de S.Paulo e pelo portal UOL, Pablo Marçal (PRTB) disse, em declaração direcionada à candidata Tabata Amaral (PSB), que “mulher não vota em mulher, mulher é inteligente”. A fala foi alvo de críticas dos adversários. “O esforço da Tabata é de parecer a mais sábia. Ela é a mais inteligente, só que a sabedoria dela é a mais baixa. Por quê? A sabedoria envolve a experiência. E o fato de ela ficar esbravejando, como se ela fosse a tia do colégio aqui entre nós, ela quer provar para você que é mulher. Ô Tabata, se mulher votasse em mulher, você ia ganhar no primeiro turno. A mulher não vota em mulher, mulher é inteligente”, afirmou o ex-coach. "Ele quer dizer que quem vota em mulher é burro e ignorante. Isso é escandaloso e exatamente o que ele pensa; isso mostra quem é o candidato. E não foi muito estratégico: o problema do Marçal é entre as mulheres. Ele vai bem entre eleitores jovens e masculinos e muito mal entre elas", diz Eliane.