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No início da reunião, Lula afirmou que não pretende realizar reforma ministerial no momento. O petista afirmou que está “muito satisfeito” com a equipe do Executivo e declarou que o “time está ganhando”.
Apesar disso, o presidente deixou claro aos ministros que pode realizar trocas a qualquer momento e reforçou que todos sabem que é ele quem ordena as mudanças na Esplanada.
Após ser expulso do debate da TV Cultura por agredir o influenciador Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) disse que pretende continuar candidato à Prefeitura de São Paulo. “Eu pretendo me manter candidato até o fim”, disse Datena ao deixar o debate. Segundo o tucano, a decisão, no entanto, “depende do partido”. "PSDB já foi um dos maiores partidos do país, que teve dois mandatos presidenciais muito estruturantes. É muito melancólico o fim da legenda, porque já não tem mais seus grandes líderes e, em vez de fechar esta história, está esticando sua fase moribunda. É uma marca que vai caindo em desgraça, escolhendo o Datena que nunca teve nada a ver com Política - e em um dia chora, no outro vai às vias de fato com adversário. Ele dá a imagem do fim de um grande partido", opina Cantanhêde.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino intimou 10 Estados da região Norte e Centro-Oeste a prestar esclarecimentos sobre medidas de combate a incêndios na Amazônia e no Pantanal. Os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul deverão apresentar as respostas em audiência marcada para 19 de setembro para tratar do impasse ambiental, que já tem consequências para além do território nacional. "O Supremo, que foi tão decisivo para conter a tentativa de golpe de Estado, também está sendo para sacudir o governo federal e os governos estaduais para o combate à crise climática. Flavio Dino conseguiu; foi por causa dele que o presidente Lula foi até o Amazonas e fez anúncios. O ministro está na linha de frente da cobrança. Ainda bem que faz isso e aguenta as críticas do governo", afirma Eliane.
Pesquisa Quaest divulgada ontem sobre as intenções de voto à Prefeitura de São Paulo indica um empate triplo entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB). Nunes tem 24%, Marçal, 23%, e Boulos, 21%, no cenário estimulado – quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados. Como a margem de erro é de três pontos porcentuais, eles estão em empate técnico. "Havia muitas dúvidas sobre o poder das propagandas de TV e Rádio nas campanhas. Nunes, tem um grande 'latifundio' e é seu trunfo. Marçal teria como compensar via redes sociais, mas perdeu o X. Esta pesquisa é muito boa para o prefeito de São Paulo, mas muito ruim para Boulos, que vinha liderando. A esta altura, não está mais descartada a hipótese de direita versus direita na eleição. Lula vai arregaçar as mangas e trabalhar pelo candidato do PSOL; já o Bolsonaro, está saindo de campo, porque Nunes tem a caneta, o tempo de propaganda e o apoio do governador Tarcisio de Freitas", analisa Cantanhêde.
A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, partiu para o ataque no primeiro debate presidencial contra o candidato republicano e ex-presidente, Donald Trump, na noite desta terça-feira, 10, na Filadélfia. Aliados de Trump esperavam que ele fosse mais disciplinado em sua mensagem recheada de críticas a economia americana sob Joe Biden e o fluxo de imigrantes ilegais, mas Kamala conseguiu atingir o republicano ao mencionar suas condenações criminais, a maneira como Trump lidou com a pandemia da covid-19 e sua fixação com o tamanho dos comícios. "Foi uma inversão. O debate de Trump com Biden deu pena, pois o republicano mente e as pessoas se deixam levar por suas fake news. Harris tem um jeito interessante em debate. É muito objetiva sem ser agressiva; pegou nos pontos fracos do Trump, na ofensiva, enquanto ele estava na defensiva", analisa Eliane.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu a deputada estadual do PT de Minas Gerais Macaé Evaristo para assumir o Ministério dos Direitos Humanos. Lula se reuniu nesta segunda-feira, 9, com a petista no Palácio do Planalto. Macaé Evaristo entra para o governo após Lula demitir o advogado Silvio Almeida, envolvido em acusações de assédio sexual. "A primeira coisa a registrar é a rapidez com que o presidente resolveu tudo, por na avaliação do Palácio do Planalto é um episódio muito desgastante que mexe na alma do Governo. É interessante a definição do perfil: tinha que ser uma mulher, negra e do PT. Lula fez uma foto da posse com 11 mulheres e, entre os três primeiros demitidos, duas eram mulheres; era preciso compensar. Além disso, os pivôs da crise eram negros. A ministra vai mexer muito agora no Ministério dos Direitos Humanos, pois já há indícios de que o assédio do ex-ministro não foi o único. Sua primeira tarefa é descontaminar o ambiente em uma Pasta tão simbólica quanto esta", analisa Eliane.