As principais notícias do dia com Haisem Abaki e Carolina Ercolin
O Brasil terminou as Olimpíadas de Paris-2024 com 20 medalhas, o segundo maior número de sua história olímpica, atrás apenas da campanha dos Jogos de Tóquio, em 2021, quando foram alcançados 21 pódios. O País ficou na 20ª colocação, com três ouros, sete pratas e dez bronzes - 20 pódios no total. Em Tóquio foram sete medalhas de ouro. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) destacou o desempenho das atletas. Maioria na delegação brasileira pela primeira vez na história, as mulheres ficaram na frente dos homens na disputa também de maneira inédita. O Brasil foi representado nos Jogos de Paris por 153 mulheres, 55% do total de 276 atletas. Das 20 medalhas conquistadas, 12 foram exclusivamente femininas e uma foi com a equipe mista de judô. Os três ouros foram de mulheres: Beatriz Souza (judô), Rebeca Andrade (ginástica artística) e Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia). Em entrevista à Rádio Eldorado, a ex-ministra do Esporte e ex-jogadora de vôlei Ana Moser, que é presidente-executiva da organização Atletas pelo Brasil, disse que faltam parâmetros mais claros para definir quais são as metas do País em Jogos Olímpicos e defendeu uma parceria entre políticas públicas e privadas. “Por enquanto, a gente tem heróis, mas como estratégia a gente tem que avançar”, afirmou.
O Brasil registra 2.758 focos de incêndio nesta sexta-feira, segundo dados do sistema Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A Amazônia concentra a maior parcela das ocorrências, com 1.158. O Estado do Mato Grosso teve o maior número de queimadas, com 933 focos em 24 horas, seguido por Pará (415) e Amazonas (282). Entre os dias 1º e 6 de setembro, o País registrou 20.734 focos de incêndio com incidência de fogo em todos os seus seis biomas. Nesta semana, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alertou que o Pantanal pode desaparecer até o final do século. Durante uma audiência no Senado, ela destacou a necessidade de resolver problemas relacionados às mudanças climáticas, como aquecimento global, queimadas e desmatamento. Em entrevista à Rádio Eldorado, o climatologista Carlos Nobre, pesquisador colaborador do Instituto de Estudos Avançados da USP e Copresidente do Painel Científico para a Amazônia, apontou a ação humana como principal causa, inclusive criminosa, de incêndios. Ele também indicou como causas do calor e do tempo seco o agravamento de condições climáticas, como o El Niño e o aquecimento do Oceano Atlântico ao norte do Equador. Carlos Nobre defendeu ações conjuntas dos países para conter a emissão de gases que contribuem para o aquecimento global. Questionado sobre o alerta de Marina Silva, o cientista confirmou que o Pantanal corre “risco verdadeiro” de desaparecer, mas disse que, antes, isso pode ocorrer com “grande parte da Floresta Amazônica, até 2050″.
Na série de entrevistas com os candidatos a prefeito de SP, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) afirmou que não teme perder eleitores para o “voto útil” com o avanço da campanha eleitoral. “Tem que ter coragem e firmeza para administrar uma cidade como essa, a rua me diz que há um caminho para a gente”, afirmou a parlamentar. Tabata citou que pretende ampliar a cobertura da educação em tempo integral em 50% “durante o primeiro mandato”. Questionada sobre estimar desde já um segundo mandato à frente do Executivo da capital paulista, a candidata reforçou a vontade e disse que é uma “visão de longo prazo que está faltando para São Paulo”.
A deputada federal ainda falou sobre segurança e transporte públicos. Acompanhe a conversa, conduzida pelos âncoras Carolina Ercolin e Haisem Abaki e pelo colunista da Eldorado e do Estadão, Diogo Schelp.
Na série de entrevistas com os candidatos a prefeito de SP, Guilherme Boulos citou o uso da máquina pública pelo atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e a chegada do candidato Pablo Marçal (PRTB), a quem se refere como “franco-atirador”, como maior obstáculo para sua campanha aglutinar o campo progressista de esquerda nestas eleições. “Minha preocupação não está em pesquisas, mas buscar garantir que as eleições de São Paulo tenham um bom nível, e isso está sendo difícil para caramba”, disse se referindo a estratégia do adversário em levar os debates “para a lama”.
O deputado federal ainda falou sobre segurança pública; privatização da Sabesp e p que fará sobre invasões de terra, se for eleito. Acompanhe a conversa, conduzida pelos âncoras Carolina Ercolin e Haisem Abaki e pelo colunista da Eldorado e do Estadão, Diogo Schelp.
O número de reclamações por excesso de barulho aumentou quase 50% no ano passado na cidade de São Paulo, quando foram registradas mais de 45 mil chamadas pelo Programa Silêncio Urbano (Psiu) da prefeitura. Em média, o canal 156 recebeu mais de 120 denúncias de barulho excessivo por dia. Uma das alternativas apontadas por especialistas é que as cidades criem mapas de ruído para identificar locais mais problemáticos e, assim, possam planejar políticas públicas. Em entrevista à Rádio Eldorado, a arquiteta Bianca Araújo, que é professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e pesquisadora do assunto, disse que somente os municípios de Fortaleza, Belém e Natal finalizaram o documento. Em Maceió e João Pessoa, só houve o mapeamento de alguns bairros e em São Paulo a entrega do mapa de ruído foi adiada para 2029. Para Bianca, medidas de mitigação dos ruídos excessivos devem ser cobradas dos candidatos às próximas eleições municipais. “O mapa de ruído torna visível o que é invisível”, afirmou.
Após o número recorde de focos de incêndio no fim de semana, 48 municípios paulistas continuavam em situação de alerta ontem, apesar da extinção das queimadas. Segundo especialistas, as condições climáticas para a propagação do fogo devem voltar até sexta-feira. Entre os fatores, estão a baixa umidade, o calor excessivo e os ventos acima de 30 km/h. Até a chegada da primavera e o começo do período de chuvas, entre o fim de setembro e o começo de outubro, será possível a repetição de episódios de fumaça e fuligem mesmo em cidades e Estados sem incêndios. Em entrevista à Rádio Eldorado, a pesquisadora Ana Paula Cunha, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), disse que as recentes queimadas têm indícios de ação humana, mas ressaltou que estudos apontam que as condições de seca podem se manter não só momentaneamente, mas também no médio e no longo prazo. “Talvez seja um caminho para um novo normal”, afirmou.