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Jornal Eldorado

As principais notícias do dia com Haisem Abaki e Carolina Ercolin


SEG, TER, QUA, QUI, SEX | 06:00 ÀS 09:30
Coronel José Vicente defende revisão na segurança pública de Tarcísio: “Subiu no telhado”

A Polícia Militar de São Paulo matou 496 pessoas entre janeiro e setembro deste ano, o maior número desde 2020, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Além das estatísticas da letalidade policial crescente, uma sequência de casos nos últimos dias acendeu o alerta sobre a violência em abordagens da PM. Entre os casos de repercussão, estão: a morte de uma criança de quatro anos na Baixada Santista, de um estudante de Medicina baleado em um hotel da capital, o assassinato de um homem negro com tiros nas costas após uma tentativa de roubo em um mercado e, no caso mais recente, o flagrante de policiais atirando um homem de uma ponte na Zona Sul de São Paulo. Neste último episódio, a vítima sobreviveu e 13 policiais foram afastados das ruas após o início das investigações pela Corregedoria da corporação. Em entrevista à Rádio Eldorado, o coronel reformado José Vicente da Silva Filho, que é professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da PM e ex-secretário nacional de Segurança Pública, defendeu que o governador Tarcísio de Freitas “faça urgentemente uma revisão da política de segurança” que tem à frente o secretário Guilherme Derrite. “A polícia tem compromisso com a legalidade e a ética. A política de segurança do governador subiu no telhado”, afirmou.

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Eugênio Bucci diz que regulação democrática de big techs não representa censura

Recentes decisões de empresas chamadas de big techs, as plataformas digitais mundiais, de encerrar serviços de checagem de informações e programas internos de diversidade e inclusão, têm gerado críticas de especialistas em tecnologia, comunicação e direito do consumidor. Uma delas foi a Meta, dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, que anunciou na semana passada a substituição de verificadores de fatos por notas comunitárias. Em seguida, decidiu abandonar seu programa de diversidade, equidade e inclusão, que previa critérios de contratação, treinamento e escolha de fornecedores. Outra empresa gigante do setor, a Amazon, anunciou internamente em dezembro passado a descontinuidade do programa de inclusão. Em entrevista à Rádio Eldorado, o jornalista e professor da ECA-USP Eugênio Bucci, que também é colunista do Estadão, disse que o alinhamento das big techs ao ideário do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorre para combater os esforços mundiais de regulação do segmento. Nesse sentido, Bucci refutou o argumento de liberdade de expressão, utilizado pelas plataformas de tecnologia e por extremistas de direita contrários à regulação das plataformas digitais. “Onde existe regulação democrática, a censura tem menos chance de acontecer”, afirmou.

17/01/2025, | 11h13
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STF pede que prefeitura explique muro na Cracolândia; movimento social aponta “símbolo da tortura”

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), explicar o muro construído na Cracolândia, na região da Santa Ifigênia. A administração municipal tem alegado que o muro foi construído para substituir tapumes que eram “quebrados com frequência em partes pontiagudas, oferecendo risco de ferimentos às pessoas em situação de vulnerabilidade, moradores e pedestres, e prejudicando a circulação nas calçadas”. Parlamentares do PSOL pedem que a prefeitura seja multada e condenada a derrubar a construção. A deputada Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi assinam a representação. Eles afirmam que a medida é “autoritária, segregacionista e ineficaz”. O pedido foi apresentado em uma ação relatada por Moraes sobre a Política Nacional para a População em Situação de Rua. Antes de decidir, o ministro quer ouvir a prefeitura. Em entrevista à Rádio Eldorado, a antropóloga Roberta Costa, ativista do movimento social Craco Resiste, disse que o muro agrava a situação vulnerabilidade de dependentes químicos e moradores de rua na região. “É um grande símbolo da tortura cotidiana que acontece ali”, afirmou.

17/01/2025, | 11h08
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Israel adia assinatura de acordo com Hamas: cessar-fogo pode ser prejudicado? Ouça análise

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que seu Conselho de Ministros não vai mais se reunir hoje, como estava previsto, para aprovar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo ele, o adiamento vai ocorrer até que o Hamas recue do que chamou de uma “crise de última hora”. Sem fornecer detalhes, o gabinete de Netanyahu acusou o grupo terrorista palestino de voltar atrás em partes do acordo numa tentativa de “extorquir concessões de última hora”. Um membro do Hamas afirmou à agência de notícias Reuters que o grupo está respeitando os termos do acordo anunciado pelos mediadores Catar e Estados Unidos, com entrada em vigor no próximo domingo, 19. Em linhas gerais, o acordo prevê o fim definitivo do conflito e a libertação de todos os reféns que ainda estão em poder do Hamas. Cerca de 100 pessoas que foram sequestradas pelo grupo terrorista em Israel, em outubro de 2023, continuam na Faixa de Gaza. A primeira fase do acordo vai durar seis semanas e prevê a libertação, aos poucos, de 33 reféns. Durante este período, Israel se compromete a retirar parte das tropas da Faixa de Gaza e a soltar prisioneiros palestinos. A segunda fase do cessar-fogo começará a ser negociada no início de fevereiro. A partir daí, Israel e Hamas tratarão da libertação dos demais reféns que estão com o grupo terrorista, incluindo os corpos daqueles que morreram. Na terceira e última fase, que ainda depende de negociações, haverá uma discussão sobre a reconstrução de Gaza e quem governará o território palestino. Em entrevista à Rádio Eldorado, Fernando Brancoli, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que “o acordo é frágil, mas as expectativas ainda são positivas” em razão da chegada de Donald Trump ao poder, que declarou não querer iniciar seu mandato com a guerra em andamento e mandou um emissário para as negociações. “A extrema-direita israelense pode não querer o acordo, mas é difícil enfrentar os Estados Unidos”, afirmou. Para Brancoli, a terceira fase do acordo, sobre a reconstrução e o futuro governo de Gaza “é o ponto mais sensível e o menos detalhado”.

16/01/2025, | 12h28
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Serviço de mototáxi em SP vira disputa judicial entre Prefeitura e 99; ouça análise de especialista

Agentes do Departamento de Transportes Públicos (DTP), da Prefeitura de São Paulo, apreenderam na tarde desta quarta-feira, 15, três motocicletas que realizavam o transporte de passageiros pelo aplicativo da 99 em ruas da capital paulista. Ao todo, mais de 10 mil viagens foram feitas no primeiro dia de operações da modalidade, conforme a empresa. O serviço 99Moto é proibido por meio de um decreto emitido pela administração municipal desde 2023, mas está funcionando na cidade desde a última terça, 14. A gestão Ricardo Nunes (MDB) trata este tipo de transporte como clandestino e reforça a fiscalização para impedir as viagens irregulares. Em nota, a 99 contesta e alega a legalidade de sua operação. A empresa afirma ainda que a atividade é respaldada pela legislação federal e acrescenta que vai apoiar os motociclistas parceiros e passageiros com os custos associados às apreensões. Nesta quarta, a Justiça reconheceu o direito do poder municipal de barrar o serviço da 99. Na decisão, o juiz Josué Vilela Pimentel, da 8ª Vara da Fazenda Pública, negou pedido de liminar feito pela empresa de mobilidade contra a ordem da Prefeitura de suspender o serviço de transporte. A plataforma diz que vai recorrer. Em entrevista à Rádio Eldorado, o arquiteto e urbanista Diogo Lemos, coordenador-executivo da Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global em São Paulo, disse que a modalidade, que inicialmente opera na periferia da cidade, “vem no vácuo” de problemas de mobilidade e infraestrutura nessas regiões e do aumento da tarifa de ônibus. Para o especialista, o serviço oferece transporte barato e rápido, mas ainda não é o ideal. Na avaliação de Lemos, seria necessário investir na capacitação dos condutores para garantir maior segurança aos usuários.

16/01/2025, | 12h16
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Cessar-fogo entre Israel e Hamas tem chances de dar certo? Acompanhe análise de especialista

As negociações para o cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza estão quase finalizadas, segundo autoridades israelenses, palestinas e de países mediadores. Alguns veículos de imprensa informaram que Israel e o Hamas já concordaram com os princípios gerais de um acordo. O Catar, principal mediador, disse ontem que havia apresentado um esboço da trégua. O Canal 12 de Israel informou que o governo do premiê Binyamin Netanyahu considerou o texto aceitável e que autoridades israelenses aguardavam a resposta do Hamas. Já a Associated Press informou que o Hamas também teria aceitado os termos do acordo. No entanto, em razão do fracasso de propostas anteriores, uma autoridade egípcia disse que os países mediadores estavam cautelosos, à espera de uma resposta dos palestinos. Em entrevista à Rádio Eldorado, Gunther Rudzit, professor de relações internacionais da ESPM, disse que as chances de um acordo, desta vez, parecem maiores, mas ressaltou que ainda é preciso ter cautela em razão da resistência de segmentos extremistas dos dois lados.

15/01/2025, | 08h35
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