Campanhas mobilizam sociedade a enfrentar violência sexual contra crianças e adolescentes

Organizações da sociedade civil mobilizam a sociedade a enfrentar a violência sexual contra crianças e adolescentes, por meio de campanhas que marcam 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

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Bruna RibeiroDireitos da criança e do adolescente

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Por Bruna Ribeiro
2 min de leitura
 Foto: Estadão

A Fundação Abrinq alerta sobre os sinais da violência sexual infantil em uma série de vídeos da campanha Pode Ser Abuso. A ideia é formar a sociedade a reconhecer os sinais de que uma criança está sendo abusada, pois esse conhecimento pode fazer toda a diferença para conter a violência sexual infantil.

Durante o mês de maio, está sendo divulgada uma série de vídeos de especialistas, com o objetivo de mobilizar e conscientizar a sociedade, além de incentivar a denúncia.

Os três primeiros já estão no site: "Violência sexual infantil e suas diferentes formas", "Entenda o fluxo das denúncias de violência sexual infantil" e "Sinais que a criança dá ao sofrer violência sexual". Veja aqui.

Para Victor Graça, gerente executivo da organização, é importante a consciência de que conter a violência sexual infantil é um papel de todos nós. "Precisamos proteger as crianças e, para isso, é fundamental entender os sinais de alerta, as mudanças de comportamento, saber os caminhos para efetuar uma denúncia", explica.

+ Saiba qual é a diferença entre abuso e exploração sexual

Já o Instituto Liberta lançou a campanha Agora você Sabe, visando romper o silêncio da violência sexual contra crianças e adolescentes. A organização mobiliza pessoas a gravarem vídeos dizendo a frase: "Violência sexual contra crianças é uma realidade. Eu fui vítima e agora você sabe". O resultado será uma grande passeata digital.

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Segundo Luciana Temer, diretora-presidente do Instituto Liberta, a campanha tem dois objetivos: tirar a violência sexual infantil da invisibilidade e incentivar que as pessoas rompam com o próprio silêncio sobre violências que viveram na infância ou na adolescência e também batalhar por políticas públicas de enfrentamento à violência sexual. Saiba como participar neste link.

Confira alguns dados de violência sexual citados pelo Instituto Liberta:

- 60,6% de todos os estupros registrados no Brasil em 2020 foram contra meninas de menos de 13 anos; - o que significa 4 meninas estupradas por hora; - mais de 21 mil meninas entre 10 e 14 anos engravidam por ano no Brasil; - 6 entre 10 mães adolescentes não estudam nem trabalham; - 4 a 8 anos é a idade da maior parte dos meninos vítimas dessa violência; - 86% das violências são praticadas por conhecidos; - 67% dos casos acontecem dentro das residências; - 3.651 pontos de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais.

 Foto: Estadão