Poucas vezes elas foram tão reverenciadas em uma edição da Semana de Design. Esculturais, dinâmicas, com desenho reduzido ao essencial. Atual objeto fetiche de um consumidor que vê na casa sua última oportunidade de refúgio, as camas roubaram a cena em Milão.
A começar pelas oníricas criações apresentadas pelos irmãos Fernando e Humberto Campana para a Edra. Uma bem-sucedida transcrição de alguns de seus móveis ícones, como as poltronas Corallo e Favela, para o universo dos leitos. Quase irreais - a leveza e a estabilidade do modelo com fios metálicos soldados impressiona -, são objetos feitos, literalmente, para sonhar, retomando uma aura de exclusividade outrora atribuída ao móvel.
"Tal qual esculturas, elas foram concebidas para serem visualizadas em 360 graus, não comprimida contra uma parede, adverte Humberto. Entre os demais lançamentos é nítida a importância atribuída à cabeceira, que cresce não só em tamanho, mas ganha também relevância decorativa e incorpora acessórios para facilitar a vida de quem adora passar horas na cama.
No lançamento da Bonaldo, por exemplo, ela assume função de encosto para leitura. A Zanotta acrescentou tiras de couro para acomodar jornais e revistas. Ou ainda, no modelo mais improvável da temporada, da Campeggi, em que o estrado se transforma em encosto de sofá, dando origem a um pequeno ambiente de estar. /MARCELO LIMA
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