''Com bolsa Vuitton, quero Harvard''

Essa é uma das absurdas justificativas de brasileiros que concorrem a cursos no exterior; especialista dá dicas

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"O meu carro é um Audi, a bolsa Louis Vuitton e minha caneta uma Montblanc. Então meu MBA será Harvard". Parece mentira, mas essa foi a resposta dada por uma brasileira ao concorrer uma vaga de MBA no exterior. É o que conta Newton Campos, country manager que já entrevistou mais de 200 brasileiros que disputaram vaga nos cursos de MBA oferecidos pela IE Business School de Madri. Só em 2008, dos 123 brasileiros que concorrem, apenas 30 foram aprovados. Dentre os principais motivos de recusa estão a falta de conhecimento sobre o perfil da instituição que almejam e a escolha do momento da carreira para fazer MBA. É por isso que a principal dica dele aos brasileiros é pesquisar sobre a instituição. "Parece óbvio, mas a pessoa também tem de falar inglês muito bem." A faixa etária ideal para fazer um MBA é diferente nos EUA e na Europa e isso deve ser levado em conta. Segundo Campos, nas instituições ?top? dos EUA a faixa etária varia de 26 a 28 anos e os cursos duram em média dois anos. Já na Europa, a variação é entre 28 e 30 anos e o curso dura um ano. Javier Muñoz Parrondo, diretor do MBA Admissions da IESE Business School de Barcelona, diz que os candidatos brasileiros têm um alto nível acadêmico, mas cometem erros ao concorrer a uma vaga. "Os erros básicos são ortografia, não dedicar muito tempo à ficha de inscrição e deixar de responder questões. Isso pode eliminar uma candidatura." No processo de seleção da IESE, os brasileiros também preenchem coisas inusitadas. "Já recebemos fichas em que a pessoa afirmava que gostaria de estudar em Boston, quando na verdade o o curso é em Barcelona. Ou seja, enviou uma cópia de outra application."

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