
Foto: Rodrigo Denúbila/Creative Commons
Elle tirava a roupa como quem faz poesia. Olhar lânguido, gestos lentos, peça por peça, sempre a mesma atuação. Era uma delicia, não haviam palavras, só gestos. Ella só de olhar, já entrava no clima da encenação, já se entregava por inteiro.
Elle dizia que não era romântico, sendo que a poesia exalava de seu corpo, agora nu. A cada toque no corpo dElla, a cada respiração, pura poesia romântica.
Cheio de clichês, o maior deles, era dizer que não era carente. Mas não ficava um dia só. Era encantador, sedutor, adorava o jogo, os olhares, quem resistia?
Ella se derretia por Elle e sempre foi assim, todas se derretiam por Elle, mas chegou ao fim.
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