Poesia do corpo

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Por Katia Juliana
Atualização:
 Foto: Rodrigo Denúbila/Creative Commons

Elle tirava a roupa como quem faz poesia. Olhar lânguido, gestos lentos, peça por peça, sempre a mesma atuação. Era uma delicia, não haviam palavras, só gestos. Ella só de olhar, já entrava no clima da encenação, já se entregava por inteiro.

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Elle dizia que não era romântico, sendo que a poesia exalava de seu corpo, agora nu. A cada toque no corpo dElla, a cada respiração, pura poesia romântica.

Cheio de clichês, o maior deles, era dizer que não era carente. Mas não ficava um dia só. Era encantador, sedutor, adorava o jogo, os olhares, quem resistia?

Ella se derretia por Elle e sempre foi assim, todas se derretiam por Elle, mas chegou ao fim.

Novas crônicas toda quarta-feira.

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