A jornalista Milene Leal teve uma experiência ótima com o coelho da raça lion, que foi comprado em agosto de 2020, depois que sua filha caçula, Isadora de 8 anos, pediu por um pet que pudesse pegar no colo. Até então, a família tinha um aquário. Ao chegar na loja, a Isa viu uma bolinha de pelo, pediu para pegar no colo e, ao segurá-lo, apaixonou-se. O pequeno foi levado para casa e ganhou o nome de Lion.
Ele tem uma gaiola, mas anda solto pela casa. Durante o dia, é supervisionado. À noite, fica solto na área de serviço, que é segura. Só faz as necessidades dentro da gaiola em cima dos granulados de madeira. É dócil boa parte do tempo, mas não gosta de colo. Apenas a Isa consegue segurá-lo sem receber uma mordida, que é bem dolorida. "Vejo minha filha beijá-lo e noto como essa troca de carinho libera a frustração de não poder ver os amigos e ir à escola. Ele supre suas carências", conta Milene.
O veterinário Marcel Lucena da Safári Veterinária, especializado em animais silvestres e exóticos, lembra que entre os principais cuidados com um coelho está a alimentação. Muitas pessoas lembram o personagem do desenho animado Pernalonga comendo cenoura e se limitam a isso. O coelho deve comer de forma variada: 60% de feno crocante e verdinho, que pode e deve ser dado à vontade para os dentes desgastarem (eles não param de crescer); 20% de vegetais, 5% de frutas e 15% de ração, a ser dada apenas uma vez por dia.
Os ossos de um coelho, que costuma viver até 8 anos, são muito mais sensíveis do que os de um cachorro, portanto, uma queda pode ser fatal. Nada de pegá-los pelas orelhas. Ele não deve ficar solto sem ser observado, pois tende a roer fios e tomar um choque. Uma casa com quintal e grama é o ideal. "O tutor deve ser observador porque os coelhos tendem a esconder quando estão doentes. Portanto, fique de olho se está quieto, parou de comer ou defecar", aconselha Lucena.