Instituições dos EUA fazem cortes

As maiores universidades americanas anunciam cancelamento de programas e até redução no número de vagas

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Por Boston Globe
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Nas últimas semanas, as maiores universidades americanas anunciaram medidas para lidar com a crise financeira mundial. A mais rica delas, Harvard, planeja cortes em programas e diminuição nas doações - que chegavam a US$ 36,9 bilhões. O Massachusetts Institute of Technology (MIT) vai cortar US$ 50 milhões e atrasar reformas. E a Universidade do Estado da Califórnia pretende diminuir em 10 mil o número de vagas. "Não podemos continuar admitindo mais e mais estudantes sem receber os fundos necessários", disse o reitor Charles B. Reed. Será a primeira vez na sua história que a universidade vai recusar alunos que possam ter atendido critérios de admissão. Reed explicou que a universidade - que tem 460 mil alunos - já atende cerca de 10 mil pessoas sem subsídio do Estado. A universidade prevê cortes de US$ 215 milhões. Em outubro, a Universidade de Boston determinou o congelamento das futuras contratações e construções. O vizinho MIT foi uma das últimas a se manifestar sobre a crise, até que a presidente Susan Hockfield declarou na semana passada que planeja reduzir entre 10% e 15% dos gastos. "Precisamos tomar medidas agora e se preparar para um período prolongado de restrições financeiras", disse. Ela assegurou, no entanto, que a universidade não cortará bolsas a alunos que não tenham condições de pagar mensalidades. Em Harvard, a previsão é de que haja uma diminuição de 30% das doações, que sustentam o orçamento da instituição. "Precisamos reconhecer que Harvard não é invulnerável aos violentos choques financeiros sentidos em todo o mundo", afirmou a presidente Drew Fastela. ESTUDO NA CHINA Segundo relatório anual do Institute on International Education, o número de estudantes americanos na China aumentou 25% - e a quantidade de chineses estudando em universidades americanas cresceu 20%. "As pessoas iam à China para estudar a história e línguas. Agora, mais estudantes querem compreender o que está acontecendo econômica e politicamente" , diz Allan E. Goodman, presidente do instituto.A China já é o quinto destino mais popular, atrás de Grã-Bretanha, Itália, Espanha e França. Em 2006-07, 11.064 americanos estudaram na China. Em 1995-96, eram 1.396. "O intercâmbio com Hong Kong cresceu de maneira impressionante. Isso está ligado ao número de estudantes de administração e negócios que desejam adquirir essa experiência asiática", disse Amy Sloane-Garris, diretora de administração de inscrições do Syracuse University Abroad.

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