Tradicionalmente, o porcelanato é a primeira opção que vem à mente no momento de escolher o revestimento para o piso. Ao longo das décadas, este material evoluiu em uma escala considerável para atender às mais variadas demandas em projetos de interiores (como paredes e revestimentos de bancadas e mobiliários) e exteriores, e também responder às preocupações ambientais.
(ANELISA É DESIGNER DE INTERIORES E JORNALISTA. PERFIL NO INSTAGRAM: @anelisalopes)
Longe de ser a única solução para revestir pisos, ele acaba sendo a forma mais recorrente por atender a diversos requisitos como durabilidade, resistência, facilidade na limpeza e variedade de design e faixa de preço. É preciso, porém, considerar alguns critérios para que a decisão seja a mais assertiva possível, afinal, cada tipo de cliente e de projeto demanda um revestimento específico. Vale lembrar que a decisão pelo porcelanato ideal também engloba outras questões além da peça em si, como logística, mão de obra e insumos para sua instalação (argamassa e rejunte).
Na semana passada tive a oportunidade de conhecer de perto a produção dos modelos de porcelanato de grandes formatos na fábrica da Roca Cerámica e Incepa, em Campo Largo, no Paraná, de onde podem sair entre 8.000 e 10 mil metros quadrados de porcelanato por dia. Diferentemente da cerâmica, que traz argila em sua composição, o porcelanato tem nos materiais rochosos sua fonte de matéria-prima. Depois que este composto é triturado para virar uma massa e prensado, passa por processos como secagem, esmaltação, queima (a aproximadamente 1.200 graus), polimento e retífica.
Na linha de montagem, o porcelanato ainda incorpora as mais variadas configurações, como textura da superfície, cor, acabamento da borda, entre outros. Para a classificação de grandes formatos entram as peças com dimensões a partir de 1.20 m x 1.20 m. Na unidade da Roca Cerámica de Campo Largo, a medida de uma placa chega a 3.20 m x 1,60 m (chamada lastra). Mais indicadas para paredes e revestimento de bancadas e mobiliário, as lastras têm a vantagem de oferecer uma paginação única, sem "emendas". Esta configuração de porcelanato, no entanto, exige transporte adequado (içamento no caso de apartamentos), mão de obra qualificada e argamassa (incluindo sua aplicação) específicos. Neste caso, a produção é feita conforme demanda dos revendedores por se tratar de uma opção de alto valor agregado.
Com o avanço da tecnologia, o porcelanato pode ter diversos aspectos características de outros tipos de piso, como o concreto, por exemplo. Um dos desafios desta indústria, entretanto, é imprimir a aparência cada vez mais fiel da pedra natural (mármore, travertino, granito e quartzito) ao produto. E quando optar por ele e não pelo material natural? Esta decisão é baseada nas preferências e orçamento do cliente (exemplo: aquele que não deseja rejunte, mesmo que seja junta mínima, ou queira fazer polimento da peça de tempos em tempos), além das características técnicas exigidas pelo ambiente. Por isso é importante fazer uma boa avaliação antes da compra para que o projeto satisfaça todas estas questões.
A designer viajou a convite da Roca Cerámica
NOVIDADES NO CIRCUITO
Preparativos para a CasaCor - A 38ª edição da CasaCor São Paulo acontece entre 27 de maio e 3 de agosto. O evento estreia no Parque da Água Branca, zona Oeste de São Paulo. A mostra ocupará um espaço de 10.161m² de área construída, com mais de 70 ambientes que incluem casas, apartamentos, lofts, jardins e espaços dedicados a instalações artísticas, gastronomia e compras, todos inspirados no tema Semear Sonhos (sonhos coletivos, ecossistemas em cooperação e confluência de saberes). Endereço: Rua Dona Ana Pimentel, 40 - Água Branca - SP
