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Futebol dentro e fora do campo

Opinião | Liberdade para Diego Costa

Antes de mais nada, é conveniente esclarecer que este blogueiro, de maneira geral,  é contra essa história de jogador nascido em um país defender a seleção de outro.

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Foto do author Almir Leite
Atualização:

É mais contra ainda quando o jogador já vestiu a camisa de uma seleção e pretende envergar a de outra.

O esclarecimento é oportuno, por preceder a defesa que o blogueiro fará do direito de Diego Costa defender a seleção espanhola, como ele quer, aliás.

É realmente esquisito.

Soa incoerente.

Mas vejamos.

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Diego Costa nasceu quase 25 anos atrás em Lagarto, interior do Sergipe.

É, portanto, brasileiro.

Sempre será. Nenhum de nós escolhe o lugar onde nasce.

Teve seus primeiros contatos com a bola nos campos e ruas de terra batida de sua cidade.

Virou profissional mais por insistência do pai do que por desejo próprio, embora adorasse futebol.

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Mas sua vida profissional não tem relação alguma com o futebol brasileiro.

É certo que bateu uma bola no Barcelona, clube da quarta divisão paulista e que é mais conhecido por ser xará de quem é do que por seus feitos.

Mas naquela época tinha 14, 15 anos era um garoto.

Com 16 aportou em Portugal e em 31 de agosto de 2007, portanto ainda com 16 anos, atravessou a fronteira, contratado que foi pelo Atlético de Madrid.

Na Espanha está até hoje. Lá se tornou profissional. Lá sofreu uma grave contusão. Lá arrumou um monte de confusão dentro de campo.

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Lá tornou-se respeitado. Lá virou ídolo.

Também foi com ele jogando lá, na Espanha, que Felipão ficou sabendo de sua existência.

Que passou a observá-lo.

A ponto de convocá-lo para dois amistosos da seleção brasileira.

Aqueles realizados em março contra Itália e Rússia.

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Diego Costa entrou em ambos. Contra os russos até foi importante para o Brasil, que perdia, chegar  o empate.

Jogou 35 minutos com a camisa da seleção, sem contar os acréscimos.

Se contar, não vai dar um tempo inteiro.

Sejamos francos, caro leitor: você se lembrasse disso antes de vir à tona a polêmica atual?

É por isso que defendo a permissão para que Diego Costa jogue pela Espanha.

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Ele vestiu a camisa da seleção brasileira. Apenas isso. Não fez história por ela.

Não mais foi convocad0 p0r Felipão, sinal claro de que não está nos planos do treinador.

(Se vier a ser chamado em novembro, terei o direito de achar que não será por seu bom futebol.)

Então, por que não deixá-lo jogar pela Espanha?

(Aliás, Vicente Del Bosque disse que, questão legal à parte, sua única dúvida em relação à convocação de Diego Costa era que, se o fizesse, teria de garantir a ele um lugar na Copa do Mundo.)

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Diego escolheu a Espanha.

É um direito dele.

Então,  que seja feita a ser vontade.

Apesar de ser legítimo discutir critérios   - e até brigar para que eles se tornem mais rígidos -, nesse caso específico soaria como demagogia.

Além de ser uma tremenda sacanagem.

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Opinião por Almir Leite

Editor assistente de Esportes, cobriu 4 Copas do Mundo e a seleção brasileira por 10 anos

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