Foi a apresentação menos empolgante do Santos, que poupou Edu Dracena, Adriano e Leo. O time do Adilson Batista levou sufoco da Ponte desde o início, preocupou-se em marcar Renatinho (depois substituído por Ricardinho) e Válber, desconjuntou-se no meio campo e apareceu no ataque com frequência abaixo de sua média atual. Mas, se Robson, Rodrigo Possebon, Bruno Aguiar se revezavam na marcação dos jogadores rivais considerados mais importantes, deixavam outros livres. Como Mancuso, que aos 22 minutos do primeiro tempo cruzou para a área e Rômulo fez o gol.
A Ponte teve chance de fazer o segundo, com chute de Gil que mandou a bola no travessão. Só que o Santos tinha Elano, o capitão, o maestro que, na ausência de Ganso e Neymar, assumiu a função de pau pra toda obra. Numa jogada individual, aos 40, forçou a barra, ganhou a falta, foi tinhoso na hora da cobrança - fingiu que reclamava de alguma irregularidade na barreira e tirou a atenção de todos - e surpreendeu o goleiro Bruno. Empate: 1 a 1.
A segunda fase tinha tudo para representar o fim da série invicta do campeão paulista de 2010, a começar pela expulsão do goleiro Rafael, aos 10 minutos, por derrubar Rômulo e cometer pênalti, que Ricardinho transformou nos 2 a 1. O Santos perdeu fôlego, tratou só de não levar outros gols e a Ponte, em vez de liquidar a história, caiu na bobagem de tocar a bola e esperar o tempo passar. De novo, apareceu Elano para ajudar a resolver. Aos 40, carregou a bola da intermediária da Ponte até a entrada da área e passou para Maikon Leite. O atacante teve o trabalho de tirar do goleiro e fazer 2 a 2. O Santos estava salvo.