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Após Rio, UFC quer expansão mundial

Organizadores do evento já anunciam combates na América do Norte Europa, Ásia e Oceania nos próximos meses

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Por Leonardo Maia e RIO

Apesar de sua semente ter sido plantada no Brasil, o UFC se firmou mesmo no Estados Unidos. Naquele país cresceu, se desenvolveu e foi se espalhando pelo mundo. As duas edições realizadas no Rio, a primeira em agosto, com Anderson Silva, a segunda ontem, com José Aldo e Vitor Belfort, consolidaram de vez a febre pelo evento de MMA (artes marciais mistas) no Brasil. Mas os dirigentes do UFC não pretendem parar por aí.Dana White, presidente da marca, e sua equipe querem conquistar novos territórios pelo planeta. E, dentro desta lógica, a empresa faz questão de preencher os cards com lutadores locais, a fim de cativar o público que assiste ao vivo. O mercado europeu, claro, é importante, mas são inúmeros países na linha de ataque dos organizadores."Acabamos de iniciar a venda de ingressos na Suécia (em abril) e estamos indo muito bem. México, Itália e Leste Europeu estão na nossa lista, assim como o Japão", antecipa Marshall Zelaznik, diretor de desenvolvimento internacional do UFC.Após o evento brasileiro, o UFC volta aos Estados Unidos para quatro edições e, no dia 25 de janeiro, desembarca em Saitama, no Japão, um mercado importante. A última vez que esteve no país asiático foi no final de 2000. Na sequência, o UFC vai para a Austrália pela terceira vez. E, no dia 24 de março, estará em Montreal, no Canadá, o segundo principal mercado do UFC.A exploração de novos mercados, no entanto, não significa que o Brasil vai perder espaço. Depois do enorme sucesso das duas edições no Rio, o UFC vai continuar investindo pesado no País. Em junho haverá mais um show por aqui. Zelaznik gostaria que a competição fosse em São Paulo. "É onde o dinheiro está, é o local ideal". As negociações estão em curso e Morumbi e Pacaembu são as prováveis locações, mas não há nada acertado. O executivo estipula um prazo de uma semana a dez dias até que uma definição seja tomada.Certo é que ainda há muito espaço para o crescimento do MMA no mundo. Até mesmo nos Estados Unidos ainda há barreiras a serem derrubadas. O cobiçado mercado de Nova York, por exemplo, no momento está fora do alcance do UFC. Existe uma lei estadual que proíbe a realização de eventos de MMA em seu território. Os executivos trabalham arduamente para derrubar a proibição. "Nova York é muito particular. Normalmente encontramos resistência na primeira vez que chegamos a uma cidade ou país. Em Nova York não se trata de se considerar o MMA um esporte ou não, é uma questão política", pondera Zelaznik.

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