A revelação foi feita por Leandrinho na noite de domingo, no hotel em que a seleção está concentrada em São Paulo, depois de uma conversa com Magnano. “Eu não esperava ser convocado, e estava torcendo pelo que fosse melhor para a seleção. Merecia estar o grupo que foi lá para Mar del Plata. Foi mérito deles, entendeu? Então agradeço aos meninos que foram e conseguiram a vaga olímpica. Eu não pude ir, mas agora é bola para a frente.”
Na época, Leandrinho pediu dispensa por causa de uma lesão no punho direito. O problema foi a maneira como a situação foi conduzida. O técnico só teria ficado sabendo do pedido por um e-mail enviado pelo irmão de Leandrinho horas antes da apresentação.
Apesar de conhecer há tempos a maioria de seus companheiros, Leandrinho disse ter ficado apreensivo com a recepção que poderia ter. Mesmo porque, até o presidente da CBB, Carlos Nunes, disse que não o convocaria.
"Não sabia como ia ser. Como muita gente falou mal de mim, eu não sabia o que passava na cabeça deles.” O contato inicial mostrou que a expectativa ruim não era justificada. “Fiquei um pouquinho acanhado, mas foi tudo tranquilo. Eles me acolheram, o coração até bateu mais fraquinho. O sorriso de cada um deles significou muito. Foi legal pra caramba.”
Afinado com o discurso com Rubén Magnano, que pede atitude e comprometimento, Leandrinho revelou até uma conversa com o argentino Manu Ginóbili sobre o clima olímpico. “Ele deve ter conversado mais com o Splitter (os dois jogam juntos no San Antonio Spurs), mas me falou que é um campeonato onde vale a cabeça, a concentração.”
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