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SEMANA DO NÃO TEM PREÇO

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Por miltonpazzi

Idem na hora de perguntar para qualquer corintiano qual a sensação de chegar à final da Copa do Brasil e poder ser o primeiro time paulista a garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem. Conheço pelo menos meia dúzia de corintianos fanáticos que estão adorando ostentar tal situação diante dos torcedores de São Paulo, Santos e Palmeiras que no ano passado não economizaram nas gozações após o rebaixamento no Brasileiro.... Um grande amigo 'palestrino' costuma dizer: 'Libertadores e Série B não é para qualquer um'. Os corintianos devem concordar com a tese....

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Um menino venezuelano de 9 anos tentou, junto com outros coleguinhas, conseguir alguns autógrafos dos jogadores da seleção brasileira que estavam em Puerto La Cruz disputando a Copa América, no passado. Foi solenemente desprezado. Antes do jogo de sexta-feira, o menino ligou para o pai e pediu uma vitória sobre o Brasil. Depois de aplicar um 2 a 0 vexaminoso do time de Dunga, o técnico da seleção venezuelana, César Farías, revelou que não poderia ter dado melhor presente ao filho... Me fez lembrar a história de Fidel Castro, que quando menino escreveu uma carta ao presidente americano Franklin Roosevelt pedindo uma nota de US$ 10,00 porque não a conhecia. Quantos problemas futuros os americanos poderiam ter evitando enviando a dita nota...

Mas os exemplos não ficam somente no futebol. A seleção japonesa masculina de vôlei disputou sua última olimpíada em Barcelona, 1992. Este ano, o time disputou o Pré-Olímpico em Tóquio. Depois de salvar três match points, derrotou a Argentina por 3 sets a 2 e garantiu a vaga para os Jogos de Pequim, eliminando os hermanos. A alegria por quebrar um tabu de 16 anos foi tão grande que os jogadores não quiseram saber: deixaram para lá aquele tradicional jeito contido japonês, pegaram o técnico Tatsuya Ueta - um daqueles treinadores estilo sargentão - e o jogaram para o ar em comemoração.

Na manhã de domingo poderemos ter mais um desses momentos 'não tem preço', dessa vez no tênis. Roger Federer ganhou vários Grand Slams, mas admite que ainda não superou o fato de nunca ter conseguido o título de Roland Garros, torneio dominado nos últimos anos pelo espanhol Rafael Nadal. O suíço até contratou um técnico especialista em saibro para tentar quebrar o tabu em Paris e chegou à final contra seu grande rival. O mito sueco Bjorn Borg aposta que a vitória de Federer é possível. Veremos se ele é bom palpite como era com a raquete....

Texto da jornalista Valéria Zukeran - O Estado de S. Paulo

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