O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, outorgou nesta quinta-feira o perdão presidencial póstumo a Jack Johnson, o primeiro negro campeão mundial dos pesos pesados, preso em 1913 por ter uma relação com uma mulher branca, que era sua esposa.
Trump assinou a resolução no Salão Oval da Casa Branca, diante de familiares do pugilista, além do ator Sykvester Stallone, de Deontay Wilder, atual campeão mundial dos pesos pesados, Lennox Lewis, ex-campeão mundial e de Mauricio Sulaiman, presidente do Conselho Mundial de Boxe.
Johnson nasceu em Galveston, Texas, em 1878. Foi campeão mundial em 1908, ao vencer James Jeffries. Sua vitória diante de um rival branco causou uma série de conflitos nos Estados Unidos, duas dezenas de pessoas morreram.
Em 1913, foi preso por um júri todo composto por jurados brancos, ao violar a "Lei de Tráficos de Pessoas Brancas". A lei, conhecida popularmente como Lei Mann proibia o transporte de mulheres brancas com "propósitos imorais".
Johnson deixou os estados Unidos e passou a viver na Europa e na Argentina. Retornou aos Estados Unidos em 1921 e cumpriu nove meses de prisão. Desde então, ativistas e familiares tentaram o perdão com o governo norte-americano. Desde 2008, o senador John McCain foi um dos que mais buscaram o perdão com o então presidente Barack Obama.