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Assim não vamos a lugar nenhum

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Por Jornal da Tarde

Mano Menezes escalou seus dois cães de guarda, entre eles o gladiador gaúcho Sandro, e nenhum dos dois achou o Messi. Resultado: o "professor" continua com sua vergonhosa marca de não ter ganho de nenhuma seleção de primeiro escalão em quase dois anos de trabalho.

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Vou bater mais uma vez numa tecla em que venho batendo faz tempo: o povo gaúcho que me desculpe, mas a escola gaúcha de treinadores está matando o nosso futebol.

Felipão, Dunga, Mano, Tite, Celso Roth... Esses cinco, para não falar de outros que rezam pela mesma cartilha como o novato Argel, colocam a aplicação e a cautela acima da criatividade e da ousadia. De 2001 para cá, tirando os três anos do Parreira entre 2003 e 2006, tivemos uma dose tripla de gaúchos no comando da Seleção: Felipão, Dunga e Mano. É muito para a minha cabeça...

Não temos mais pontas dribladores, estamos ficando sem meias habilidosos e goleadores, vemos a proliferação dos brucutus corredores no meio de campo... Não há mais espaço para o drible ou a tabelinha bem feita.

Vejam a situação de Corinthians e Palmeiras no Campeonato Brasileiro. No Timão, o Tite insiste nessa bobagem de "poupar" a equipe inteira para as partidas da Libertadores. E vai tomando uma piaba atrás da outra. Os titulares têm de jogar sempre para o time ficar cada vez mais entrosado e para os resultados serem bons. Chegar a um jogo decisivo da Libertadores em boa posição no Brasileiro é uma coisa para ânimo do time, chegar como lanterna é outra.

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No Palmeiras, parece que o time entra em campo só para arrumar uma falta que dê ao Marcos Assunção a chance de fazer o gol ou colocar a bola na cabeça de alguém que faça. Não se vê aproximação entre os jogadores, não se vê as jogadas sendo construídas. Isso não é o Palmeiras.

E para não dizerem que só critico os técnicos gaúchos, aqui vai o meu pitaco sobre os times do Rio - que são dirigidos por três cariocas e um baiano.

Meu Fogão, dirigido pelo Oswaldo "pai do Harry Potter" de Oliveira, não vai a lugar nenhum apostando em Loco Abreu e Herrera. O Flamengo, de Papai Joel, ganha aos trancos e barrancos com seu meio de campo demais força do que técnica. O Flu, do Abelão, continua de ressaca pela eliminação da Libertadores e não reencontra o seu futebol. E o Vasco, do baiano Cristóvão, é líder sem saber como. Precisamos de treinadores com cabeça mais arejada para resgatar a essência do futebol brasileiro, que é o jogo coletivo e de habilidade.

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