Em sua segunda competição depois da Olimpíada, Usain Bolt confirmou mais uma vez sua superioridade diante dos adversários ao vencer os 200 metros do Meeting de Lausanne, na Suíça, ontem. Atingiu com facilidade a marca de 19s63, sem se preocupar em bater o próprio recorde mundial (19s30), conquistado em Pequim. Correndo somente nessa prova, Bolt disparou à frente dos adversários. Já perto da linha de chegada, com a vitória assegurada, o atleta diminuiu o passo. E o público, novamente, pôde presenciar mais uma das exibições do jamaicano, repletas de poses e gingadas, que só terminam no pódio. Com 61 centésimos a mais que Bolt, Churandy Martina, das Antilhas Holandesas, chegou em segundo lugar, enquanto o norte-americano Wallace Spearmon ficou com a terceira colocação (20s54). Na semana passada, Bolt já havia conquistado outra vitória fácil ao vencer os 100m no Meeting de Zurique, com 9s83. O jamaicano volta a disputar os 100 m na sexta-feira, no Meeting de Bruxelas. Quem também ficou feliz com o resultado em Lausanne foi Asafa Powell. Sem seu compatriota Usain Bolt na pista, ele teve a chance de brilhar sozinho nos 100 m - o que não aconteceu em Pequim. Powell conseguiu o tempo de 9s72 (o segundo melhor da história) e ficou em primeiro lugar, deixando Walter Dix, dos Estados Unidos (9s92) e o jamaicano Nesta Carter (9s98) para trás. No feminino, a campeã olímpica Shelly-Ann Fraser, da Jamaica confirmou o favoritismo nos 100 m, ao vencer com o tempo de 11s03. Já o cubano Dayron Robles, ouro em Pequim nos 110 m com barreiras, teve de se contentar com a segunda colocação. Cometeu alguns erros e acabou ultrapassado pelo norte-americano David Oliver. Os Estados Unidos subiram no pódio também nos 400m, com LaShaw Merritt e Angelo Taylor na primeira e segunda posição, respectivamente. Como é de praxe, os quenianos dominaram as provas mais longas. Nos 800 metros, Asbel Kipruto Kipropo (1min44s71) e Alfred Yego (1min44s78) fizeram dobradinha. Já nos 1500 m, Daniel Kipchirchir e Haron Keitany garantiram o segundo e terceiro lugares, enquanto Yusuf Saad, do Bahrein, ficou com a primeira posição.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.