Brasil quebra jejum de 32 anos na prova do tiro com arco

Bronze por equipes ameniza a frustração de Marcus Vinicius

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Por Paulo Favero e ENVIADO ESPECIAL A TORONTO

O Brasil quebrou um jejum de 32 anos sem medalhas no tiro com arco dos Jogos Pan-Americanos. Nesta sexta, em Toronto, a equipe formada por Marcus Vinicius D’Almeida, Daniel Xavier e Bernardo Oliveira garantiu o bronze ao superar Cuba. “Nas duas últimas edições eles tinham eliminado a gente. Agora demos o troco”, afirmou Daniel Xavier, o mais experiente do time. Ele tinha um ano quando o País conquistou a última medalha. Marcus Vinicius D’Almeida, o mais jovem dos três, com 17 anos, ressaltou a importância da medalha numa competição com grandes equipes. Os Estados Unidos, que tiraram o Brasil na semifinal, são os atuais vice-campeões olímpicos. “Todos vieram para os Pan-Americanos com o time A, porque estão se preparando para a disputa do Mundial”, disse Marcus, referindo-se ao torneio que será realizado em setembro na Itália.

Desclassificado no individual, Marcus Vinícius acha que o conquista mostrou força do conjunto brasileiro Foto: Márcio Fernandes/Estadão

A vitória sobre Cuba por 5 a 3 foi debaixo de chuva, o que dificulta a mira e o acerto no centro do alvo. “A flecha fica mais pesada”, disse Daniel Xavier.  Antes de disputar o bronze, o trio treinou para tentar acertar a mira. “Eu brinquei com eles dizendo que teríamos de ser como Ayrton Senna, que era muito bom debaixo de chuva”, revelou Bernardo. Antes a equipe tinha superado o Canadá, dono da casa, por 6 a 0, mas na semifinal caiu diante dos Estados Unidos pelo mesmo placar. “Nós conseguimos bater de frente com os Estados Unidos. Eles são os atuais vice-campeões olímpicos e perdemos cada set por apenas uma flecha”, afirmou Daniel.REABILITAÇÃO O resultado também ajudou a diminuir a frustração de Marcus Vinicius D’Almeida, que havia perdido para o mexicano Luis Alvarez nas quartas de final no dia anterior e acabou ficando fora da briga por uma medalha no individual. Ele era tido como um dos candidatos à medalha de ouro por causa dos resultados que vinha tendo antes do Pan.  “Essa medalha vale mais do que o ouro no individual. É mais importante porque mostra nosso trabalho conjunto”, afirmou o garoto.

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