O time de Barueri, campeão paulista, é exceção. E exemplo.
O vôlei, assim como o mundo, mudou e muitas coisas que existiam, hoje já não existem mais. O que era moda e tradição ficou pelo caminho. O que era sucesso, hoje é um clássico.
A conquista do campeonato paulista por Barueri é uma daquelas páginas que ficarão eternizadas. Nunca, pelo menos na história do estadual feminino, se assistiu algo parecido com o que fizeram as comandadas por José Roberto Guimarães.
Coragem, no caso delas, que não se desenvolveu com pensamento ou imaginação, mas sim com atitude, trabalho e confiança.
Osasco tinha tudo a seu favor apesar da derrota na primeira partida. Ginásio, torcida, elenco mais experiente, jogadoras de seleção e histórico altamente favorável nas circunstâncias desenhadas. Só que dois saques errados no fim do terceiro set, quando ganhavam por 2 a 0, castigariam e mudariam completamente o roteiro.
Ligeiramente acuado, como se esperava, Barueri se transformou.
Acordou para a realidade e o jogo virou um pesadelo para Osasco. A juventude madura de Barueri não se intimidou com o barulho, e principalmente com o que vinha do lado de fora.
Jovens que praticaram a mudança e que deram o exemplo ao presente através dos seus atos. E assim foi.
Ser jovem é gostar de aventura e saber aproveitar toda a potencialidade do corpo. É a vontade de acertar, mesmo errando. Na negação do comodismo e da passividade, certo Osasco?
E foi dessa maneira que Barueri venceu o quarto set e o tie-break.
A juventude não volta atrás. Nem a história.
A magia acaba.
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