Conhecimento é muito mais importante do que reconhecimento.

A falta de reconhecimento é uma das piores coisas que existem. No esporte idem. Você pode fazer 99,9% corretamente, porém se faltar 1% você é criticado, julgado e responsabilizado.

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Por Bruno Voloch

Com Luizomar de Moura era assim em Osasco. Para ele algumas palavras só existiam no dicionário. Reconhecimento, era uma delas.

Gerente, técnico e muitas vezes psicólogo. É essa a rotina desde 2005 quando o treinador saiu de Campos, após o terceiro lugar na Superliga, para assumir o gigante Osasco.

 

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O título no primeiro ano como técnico no Flamengo em 2001 era até então o que ele tinha de mais valioso no currículo. A rápida ascensão chamou atenção dos dirigentes da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, e não demorou para Luizomar ser convidado para trabalhar nas categorias de base da seleção feminina onde brilhou e foi campeão mundial infanto e juvenil.

Hoje, talvez por razões políticas, não está mais inserido no processo. Nem ele e nem nomes vitoriosos Marcos Lerbach, Percy Onken, Rizola entre outros.

O que não se pode discutir, quando o assunto é clube, é a importância dele para a sobrevivência do projeto em Osasco. Guardadas as devidas proporções, ele está para Osasco, assim como Bernardinho para o Rio, no quesito identificação.

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Em 2009, quando a direção do Finasa anunciou a extinção da equipe adulta, foi Luizomar, junto com o prefeito, que negociou com empresários e garantiu a permanência da equipe.

 

Esse ano a história de repetiu e Osasco novamente sobreviveu.

Em 13 anos como técnico ganhou todos os títulos possíveis pelo clube. Curioso é que só agora, Luizomar de Moura, que jamais foi unanimidade entre os torcedores, começa a ter seu trabalho reconhecido por parte da fanática torcida.

É nítido o amadurecimento do treinador.

Luizomar teve que mudar sua maneira de agir no dia a dia e nos treinamentos. Ganhou personalidade, experiência e principalmente coragem.

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Esse reinício não foi fácil e mesmo sem Hooker, Osasco foi finalista do estadual vendendo caro o título para Bauru em duas partidas decididas no tie-break. O maior exemplo dessa nova relação entre ele e a torcida foi o reconhecimento dos torcedores que aplaudiram o time e também o treinador mesmo após a perda do título paulista.

Luizomar adquiriu respeito das jogadoras que por ele são comandadas, resultado que se reflete no crescimento de Mari Paraíba e principalmente Leyva.

Com o time completo, a história foi diferente, e Bauru não resistiu em jogo válido pela segunda rodada e destaque especial para a peruana.

Luizomar aprendeu que confiar é bom e desconfiar é melhor ainda.

 

 

 

 

 

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