O improviso e a máscara do Pan

O jogador, nesse caso específico, é o menos culpado.

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Por Bruno Voloch

Absolvido.

Só que enaltecer a conquista da medalha de bronze do vôlei masculino do BRASIL no Pan de Lima seria assinar embaixo e estar conivente com tudo de errado que acontece na CBV, Confederação Brasileira de Vôlei.

Não.

 

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A questão não era prioridade e sim planejamento.

O que a maioria não sabe, independentemente do esforço dos jogadores, é que essa seleção não teve a preparação adequada para a competição. Um time montado às pressas, completamente desentrosado, sem preparo e amistosos antes da competição.

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Antes que algum desavisado ouse defender aqueles que comandam o vôlei do BRASIL, a coincidência nas datas não serve nem de longe como justificativa para o resultado abaixo do esperado alcançado em Lima.

O mundo já sabia o calendário da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, com enorme antecedência e que os pré-olímpicos mundiais seriam jogados praticamente no mesmo período, ou seja, o que reforçaria a necessidade de uma preparação ainda mais forte para o Pan.

Mas não foi o que se viu.

Só com exemplo, mísero que seja, a Argentina foi medalha de ouro fazendo 3 a 0 em Cuba, a mesma que eliminou o BRASIL na véspera. Ganhou sem perder nenhum jogo, com time B para C e a Argentina também está dividida entre Pan e o pré-olímpico da China no fim de semana.

O técnico Marcelo Fronckowiak, talvez no auge da emoção, delirou ao dizer que o saldo tenha sido positivo após os 3 a 0 no Chile.

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Esse discurso usado pela CBV e lamentavelmente copiado por outras confederações que o Pan serve como uma experiência para a olimpíada evidencia a mentalidade ultrapassada daqueles que comandam o vôlei do BRASIL e é inevitavelmente refletida nos resultados alcançados dentro de quadra. Da base ao adulto.

 

 

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