Duas fotos gigantes, do presidente Fidel Castro e do guerrilheiro argentino-cubano Ernesto ?Che? Guevara, identificam a delegação cubana na Vila Olímpica de Atenas. A ilha do Caribe, com 11 milhões de habitantes, pretende se manter como uma das dez maiores potências esportivas do planeta, colocando à prova não somente suas condições ténicas, mas também sua preparação ideológica. Os cubanos ganharam 51 medalhas de ouro, entre as 129 conquistadas, desde a revolução de 1959. Os países da América Latina somam 42 medalhas de ouro em mais de um século de Jogos. Os créditos, claro, vão para o chefe. ?O comandante Fidel é nosso guia, o principal gerente da delegação em Atenas?, dizem, quase em coro, os atletas. Cuba competirá com 159 atletas em 17 modalidades e espera realizar sua melhor participação em olimpíadas, em que pese as tradicionais declarações otimistas que antecedem as competições. ?Não existe adversário difícil quando se está bem preparado técnica e mentalmente?, avisou o boxeador Lorenzo AragDon, campeão mundial dos 69 quilos. O boxe, um dos esportes preferidos de Fidel Castro.