É preciso renovar, mas sem inventar e nem perder o foco

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Foto do author Almir Leite

Mano Menezes acaba de completar um ano na seleção brasileira. Recebeu a missão de renovar a equipe e torná-la capaz de "cumprir a obrigação"", ou seja, conquistar em 2014 o título da Copa que o País irá sediar. Tarefa dura, mas o treinador exagera na renovação.Na lista para o jogo com a Alemanha, três novidades absolutas (Ralf, Luiz Gustavo e Dedé) e três parciais (Fernandinho, Jonas e Renato Augusto, chamados em outras ocasiões). Sempre que pode, ou melhor, sempre que as circunstâncias exigem, ele surpreende com uma ou umas caras novas.Aí está o risco. Seleção é para os craques ou, pelo menos, para os muito bons. Não para os bonzinhos.O volante Luiz Gustavo é a aposta da vez. Mas quem é ele? Um volante sem história alguma no futebol interno (com todo respeito ao Corinthians de Alagoas e ao CRB) e que no Hoffenheim e no Bayern de Munique jamais passou de coadjuvante.Mano pode alegar que as dificuldades em uma convocação são muitas (aliás, como o Muricy reclama!). Mas está na hora de parar de inventar - lembrem-se que Mano um dia chamou Ederson, do Lyon, aquele que se machucou no primeiro toque na bola. Sem contar que, às vezes, erra o timing. Dedé estava arrebentando no ano passado. Não foi chamado. Agora que mostra altos e baixos, ganha chance. E o Jonas do Valencia não é nem sombra daquele do Grêmio. Esquisito.Mano diz que a seleção ainda está em construção. Mas a casa dele pode cair por excesso de tijolo de má qualidade. É bom ele se cuidar, não perder o foco, pois falta de resultado e de rumo derrubam técnicos.

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