Equipe 'exótica' da Oceania abre o Mundial de Clubes

Hekari, da Papua Nova Guiné, onde em muitas cidades não há nem TV, tenta surpreender o Al-Wahda, time da casa

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Por Giuliander Carpes
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são os favoritos a fazer a final do

Mundial de Clubes

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, mas a competição começa hoje, às 14 horas (de Brasília, com SporTV), em Abu Dabi, sem as duas equipes. Seis dias antes de o time brasileiro entrar em campo, a atração é o confronto do atual campeão nacional dos Emirados Árabes, o Al-Wahda, com o completo desconhecido Hekari United, da inexpressiva (no futebol) Papua Nova Guiné, da Oceania, no Estádio Mohammed bin Zayed.

Tabela

Os fãs brasileiros e italianos - além dos mexicanos torcedores do Pachuca, campeão da Concacaf, e dos coreanos do Seongnam, donos do título asiático - prometem invadir Abu Dabi, mas o jogo de hoje, mesmo com uma equipe da casa, não deve atrair muito público. A curiosidade é descobrir do que é capaz a equipe papuásia, que surpreendeu a Oceania ao bater o neozelandês Waitakere na final da competição continental e quebrou um tabu ao ser o primeiro time de fora do eixo Austrália-Nova Zelândia a conquistar um título oceânico.

O Hekari United é uma espécie de seleção de parte das ilhas do Pacífico. Além de jogadores papuásios, conta com atletas do Fiji e das Ilhas Salomão. O principal ídolo do time é Kema Jack, artilheiro do torneio continental com sete gols em oito jogos.

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"Quando nos vejo juntos com a Inter de Milão, a pergunta que me faço é como conseguimos isso", diz o atacante, que também não tem ideia de que tipo de oposição sua equipe pode fazer ao primeiro adversário. "Em algumas das nossas cidades não existe internet, jornal ou televisão. Os habitantes de Koparoko (vilarejo onde nasceu) conhecem os grandes clubes do mundo, mas uns acham que estou inventando a história de que nos classificamos para o Mundial."

Na cidade do principal jogador papuásio será impossível assistir à partida - o meio para acompanhar os jogos de futebol é apenas o rádio de pilha. Quem tiver curiosidade de ver qual papel a equipe poderá fazer na competição terá de se deslocar uma hora e meia até a capital Port Moresby. "Não há eletricidade", conta Jack. Em Papua Nova Guiné há cerca de 6 milhões de habitantes.

O torneio também será a última oportunidade que um clube dos Emirados Árabes terá para avançar no Mundial no próprio país. A partir do próximo ano, a competição volta para o Japão. Na temporada passada, o Al-Ahli decepcionou ao perder na estreia para os neozelandeses do Auckland City (2 a 0). O Al-Wahda pelo menos tem mais experiência de atletas estrangeiros e conta com os brasileiros Magrão, Hugo e Fernando Baiano. "Aprendemos a lição e não trairemos as esperanças que depositaram em nós", diz o capitão Haidar Ali.

O vencedor desse jogo enfrenta o Seongnam, nas quartas de final, domingo. Antes, no sábado, os congoleses do Mazembe desafiam o Pachuca. Quem passar nesse confronto será o adversário do Internacional, que estreia na terça-feira nos Emirados Árabes. / COM AGÊNCIAS

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