Paulo Turra garante que o triunfo contra o Goiás por 4 a 3 na Vila Belmiro foi a vitória da ‘resiliência’ do Santos. O clube vinha de 12 jogos sem vencer e aproximava-se da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, mas contou com um pênalti polêmico nos acréscimos, convertido por Mendoza, para sacramentar o resultado nesta 14ª rodada em casa. O time ganha fôlego para o começo de trabalho do treinador.
“Nós comemoramos muito no vestiário. É realmente uma resiliência em todo esse processo do Santos, que não vem de agora. Quem estiver aqui (como técnico) tem de ser muito resiliente”, disse o treinador. “Não é uma situação de estalar de dedos (para resolver os problemas)”, indicando o momento complicado que vive a equipe santista. Este é o primeiro trabalho solo de Turra como treinador. Ele era auxiliar de Felipão no Athletico-PR.
Além da sequência de 12 jogos sem ganhar, o Santos foi eliminado precocemente em todas as competições que disputou este ano (Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana), vive uma constante instabilidade financeira e precisa buscar reforços nesta janela de transferência para suprir as saídas recentes de jogadores, como Soteldo e Ângelo. “Quando nós chegamos ao Santos, não tivemos de nos preocupar única e exclusivamente dentro das quatro linhas. Dentro das quatro linhas é apenas um reflexo de tudo, então é um processo que temos de nos preparar, no contexto todo, que interfere muito em estar bem mentalmente, fisicamente, psicologicamente e taticamente”.
Apesar da vitória, Paulo Turra foi questionado sobre as substituições que fez para a etapa final, que quase interferiram diretamente no resultado. O Santos desceu para o vestiário no intervalo vencendo por 3 a 1 e sofreu o empate no segundo tempo. Publicamente, o treinador fez elogios à equipe, mas garantiu que isso será analisado.
“Com essa vitória que tivemos, eu não me dou no direito de, publicamente, criticar os meus jogadores pelo segundo tempo que tivemos. Eu tenho de enaltecer todos eles. Agora, internamente, com as métricas que temos, organizados, com uma semana de trabalho, com os vídeos... aí com certeza isso vai ser cobrado”.
Umas das alterações mais cobradas pelo torcedor nas redes sociais foi a entrada de Vinícius Baliero, aos 24 minutos do segundo tempo, no lugar de Sandry. “Muitas vezes o treinador, no caso eu, tem de arriscar. E eu conversei com o Rodrigo (Fernández) nesse tempo e falei: ‘você tem cartão, se cuida. Vou colocar o (Vinícius) Baliero pra te dar esse suporte nesse primeiro combate na frente’, e acredito que deu certo. A situação foi controlada e não foi por causa dessa substituição que nós tomamos o terceiro gol”, explicou Turra.
O Santos volta a campo no próximo domingo, às 16 horas, contra o São Paulo. O clássico será no Morumbi, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Agora com 16 pontos, o clube deu uma respirada na briga com a zona de rebaixamento e abriu cinco pontos do Goiás.