O governo de Gana nomeou nesta quarta-feira cinco dirigentes para administrar provisoriamente a Associação de Futebol de Gana (GFA, na sigla em inglês). A cúpula da entidade máxima do futebol do país havia sido dissolvida após um escândalo de corrupção envolvendo seu presidente ter sido revelado.
Entre os dirigentes designados para reestruturar o futebol local está o ex-jogador da seleção ganesa Abedi Pelé. O grupo terá a missão de organizar novas eleições, reiniciar o campeonato nacional de futebol e começar o processo de renovação de mais uma corrompida entidade do mundo da bola.
O escândalo de corrupção veio á tona no último mês e envolveu Kwesi Nyantakyi, então presidente da GFA, vice-presidente da Confederação Africana de Futebol e membro do conselho da Fifa. O dirigente foi excluído de todos os cargos que ocupava.
Nyantakyi foi flagrado em um documentário recebendo US$ 65 mil (cerca de R$ 250 mil). No contato com os produtores da obra, que eram repórteres disfarçados de empresários, o ganês recebia o dinheiro com a promessa de ajudar os interlocutores com favores junto ao presidente e ao vice-presidente do país.
A Fifa suspendeu Nyantakyi provisoriamente por 90 dias enquanto o comitê de ética investiga as denúncias. Os integrantes do governo federal negaram relação próxima com o dirigente esportivo e também investigam o caso.
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