Enquanto alguns técnicos perdem o sono por causa dos seus times, o treinador da seleção portuguesa, Carlos Queiroz, disse, meio brincando, que a má fase dos atacantes contribui com sua perda de cabelos. "Se há uma grande contribuição na minha vida que causou a maior parte da minha queda de cabelos são as más finalizações", disse Queiroz a jornalistas, apontando as entradas no alto da testa. "Em termos de potencial de ataque, tivemos problemas desde o começo." Portugal sofreu especialmente no começo das eliminatórias com a falta de gols, só assegurando no final sua classificação para o Mundial da África do Sul. "No jogo fora contra a Dinamarca, algo quase inaudito ocorreu, demos 36 chutes e marcamos só uma vez", disse Queiroz. Esse gol, que selou o empate contra o time que viria a vencer o grupo, foi marcado pelo brasileiro Liédson, na sua estreia pela seleção portuguesa depois da naturalização. O atacante do Sporting foi uma contribuição valiosa para a equipe, pois já marcou outros dois gols. Ao longo da competição, toda a seleção portuguesa foi se tornando mais objetiva - alas, meias e zagueiros marcaram. Mas a preocupação com a falta de gols voltou na vitória sobre a China, num amistoso em março, quando o talentoso ataque português só conseguiu marcar dois gols, apesar das muitas chances. Na Copa, Liédson deve ser o principal atacante, à frente de Hugo Almeida, do Werder Bremen. Portugal estreia em 15 de junho contra a Costa do Marfim. Em seguida pega Coreia do Norte e Brasil.