Rival do Chile nas quartas de final da Copa América, a seleção da Colômbia esteve na rota do título da edição centenária do torneio, em 2016. Em uma partida que teve mais de 2 horas de intervalo por causa do tempo ruim em Chicago, derrotou o adversário por 2 a 0, pelas semifinais, em 22 de junho daquele ano.
Agora, em 2019, as equipes voltam a se encontrar na Copa América, ainda que em uma fase antes, em partida marcada para sexta-feira, na Arena Corinthians. Dessa vez, no entanto, os colombianos chegam como favoritos, após terminarem a fase de grupos como única seleção com 100% de aproveitamento - os chilenos até venceram os dois primeiros compromissos, mas depois perderam para o Uruguai, o que os levou a avançar na segunda posição no Grupo C.
É também, na visão dos jogadores chilenos, uma Colômbia "diferente", menos ousada no ataque e com mais segurança defensiva. Não à toa, não levou nenhum gol nos três jogos que disputou na fase de grupos, demonstrando maior consistência do que a sua média na história, mais marcada pelo estilo de jogo ofensivo.
"A Colômbia mudou seu sistema de jogo. Se defende melhor e sai para o ataque com muita rapidez. Precisamos atuar concentrados porque qualquer contra-ataque pode ser perigoso. Será um rival duríssimo", afirmou Fuenzalida, em entrevista coletiva nesta quarta-feira em São Paulo, local da partida de sexta.
Há três anos, o Chile praticamente definiu o seu triunfo sobre a seleção colombiana no começo do duelo ao marcar seus gols com Aránguiz e Fuenzalida, aos sete e 11 minutos do primeiro tempo.
Decisivo para aquele triunfo, Fuenzalida, hoje na Universidad Católica, se lembra com carinho daquela partida. Mas o meia-atacante projeta um confronto bem diferente nesta sexta-feira. "Já se passaram três anos daquele jogo. A Colômbia modificou o seu estilo, com a com uma defesa que se resguarda bem mais. É um time mais pragmático, mas com um ataque forte", comentou.
Então dirigida por Jose Pekerman, a seleção colombiana que iniciou a partida pela Copa América Centenário contra o Chile tem quatro jogadores que não foram chamados por Carlos Queiroz para o torneio de 2019 no Brasil - Jeison Murillo, Frank Fabra, Carlos Sánchez e Daniel Torres. Já a seleção chilena, que era comandada por Juan Antonio Pizzi, mudou menos nesse período. Apenas três titulares no triunfo não foram convocados agora por Reinaldo Rueda: Claudio Bravo, Francisco Silva e Pedro Hernández.
Depois disso, Chile e Colômbia se encontraram apenas uma vez, em 10 de novembro de 2016, quando não saíram do 0 a 0 em Barranquilla, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018. Nova igualdade nesta sexta-feira levará a definição da seleção classificada às semifinais da Copa América aos pênaltis.
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